A Starbucks enfrenta sua primeira queda nas vendas desde 2020, sugerindo que suas estratégias promocionais, como descontos de 50% e o lançamento de novos lattes de lavanda, não foram suficientes para atrair consumidores cautelosos com os gastos.
“A Starbucks relatou talvez o pior conjunto de resultados de qualquer grande empresa até agora” neste trimestre, disse Adam Crisafulli, analista da Vital Knowledge, em uma nota.
Isso se reflete no declínio das ações da empresa, que caíram mais de 12% nas negociações pré-mercado na quarta-feira (1). Essa queda sinaliza a possibilidade de a Starbucks enfrentar sua maior baixa de ações desde março de 2020, nos primeiros dias da pandemia.
O lucro operacional da empresa ficou em US$ 1,1 bilhão, indicando uma queda de 17,2% em relação ao ano anterior. Essa redução também se refletiu na receita, que encolheu 1,8%, totalizando US$ 8,56 bilhões.
No mercado interno, as receitas da Starbucks permaneceram estáveis em US$ 6,38 bilhões, enquanto internacionalmente houve uma diminuição de 5%, alcançando US$ 1,76 bilhão. Esses números mostram um desempenho misto da empresa em diferentes regiões geográficas durante o segundo trimestre fiscal.
Mais de 300 novas lojas da Starbucks
No segundo trimestre fiscal, a Starbucks inaugurou 364 novas lojas, totalizando 38.951 unidades ao final do período, das quais 52% são operadas diretamente pela empresa e 48% são licenciadas. As lojas nos Estados Unidos e na China representam 61% do portfólio global da empresa, com 16.600 e 7.093 lojas, respectivamente.
Além disso, o conselho de administração anunciou o pagamento de dividendos no valor de US$ 0,57 por ação, programado para ocorrer em 31 de maio, com base na composição acionária de 17 de maio.
No pós-mercado em Nova York, por volta das 19h48, as ações da Starbucks registravam uma queda de 12,02%, sendo cotadas a US$ 77,85. Durante o pregão regular, os papéis apresentaram uma alta de 0,18%, atingindo o valor de US$ 88,49.