As bolsas operam em ritmo de ganhos na manhã desta sexta-feira (3). Os olhos dos investidores globais estão voltados para a divulgação do payroll (folha de pagamento não-agrícola) dos EUA, pois isso ajudará a moldar as expectativas em relação à política monetária do Fed (Federal Reserve).
Após o discurso de Powell, o monitoramento do CME Group revelou uma pequena chance de queda nas taxas de juros em junho (15%), o que parece altamente improvável.
Embora setembro continue sendo o mês mais provável para um possível ciclo de afrouxamento, a probabilidade de dois cortes de 25 pontos-base até dezembro aumentou consideravelmente hoje, atingindo 33,5%, em comparação com 35% para apenas um corte.
Assim, o que está em jogo hoje é a antecipação dos próximos passos do Fed, especialmente depois que Powell afastou a possibilidade de aumentar as taxas de juros, pelo menos “neste momento”, restaurando a confiança do mercado de que a inflação permanecerá sob controle.
Big tech levanta bolsas globais
A ação da Apple teve um aumento de quase 6% no after hours em Nova York, marcando a primeira boa notícia do dia. No entanto, o payroll ainda precisa surpreender com uma deterioração “significativa” nas condições do mercado de trabalho, como alertou Powell, para que os investidores comecem a apostar mais fortemente na queda das taxas de juros nos Estados Unidos.
Após o fechamento, a gigante de tecnologia informou um lucro líquido de US$ 23,636 bilhões no segundo trimestre fiscal, 2% abaixo dos US$ 24,160 bilhões, mas o lucro por ação diluído, de US$ 1,53, superou as expectativas do mercado (US$ 1,50).
Além disso, a empresa anunciou a recompra de US$ 110 bilhões em ações, um aumento de 22% em relação a 2023 e o maior valor já registrado pela empresa.
A receita total da Apple diminuiu para US$ 90,75 bilhões, mas ainda ficou acima dos US$ 90 bilhões estimados. No entanto, as vendas de iPhones caíram 10%, para US$ 45,96 bilhões, abaixo dos US$ 46 bilhões previstos pelo mercado.
A Apple registrou menos vendas nas Américas, no Japão e, principalmente, na China, onde a receita anual teve a maior queda, de US$ 17,81 bilhões para US$ 16,37 bilhões. Apesar disso, a queda esperada era ainda maior, para US$ 15 bilhões.
EUA
Nas bolsas dos EUA, Os índices futuros estão em alta, impulsionados pelos resultados da Apple e antecipando a divulgação do payroll. Após o fechamento, a Apple registrou um aumento de mais de 6%, anunciando uma recompra de ações de US$ 110 bilhões, apesar de uma queda nos lucros.
Apesar da recuperação na quinta-feira, os principais índices continuam a caminho de fechar a semana em território negativo.
Até o momento, o S&P 500 caiu 0,7% nesta semana, enquanto o Nasdaq diminuiu quase 0,6%. O Dow teve uma queda de 0,04% durante o mesmo período.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: +0,75%
S&P 500 Futuro: +0,33%
Nasdaq Futuro: +0,61%
Bolsas asiáticas
As bolsas na Ásia e no Pacífico fecharam majoritariamente em alta nesta sexta-feira, impulsionados pelo sólido desempenho das ações de tecnologia, após os resultados trimestrais robustos da Apple.
No entanto, os mercados da China continental e do Japão não operaram devido a feriados.
Shanghai SE (China), fechado por feriado
Nikkei (Japão): fechado por feriado
Hang Seng Index (Hong Kong): +1,48%
Kospi (Coreia do Sul): -0,26%
ASX 200 (Austrália): +0,55%
Bolsas europeias
Na Europa, as bolsas operam em alta, com os investidores reagindo aos resultados das grandes empresas e aos dados econômicos da região.
Em termos de dados econômicos, o varejo no Reino Unido teve um abril fraco devido ao clima chuvoso, enquanto a taxa de inflação na Turquia subiu para quase 70%.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,42%
DAX (Alemanha): +0,35%
CAC 40 (França): +0,56%
FTSE MIB (Itália): +0,29%
STOXX 600: +0,30%