O petróleo encerrou o pregão desta sexta-feira (3) em queda acentuada e atingiu o menor preço desde o dia 12 de março.
O petróleo WTI, a referência americana, com entrega prevista para junho cedeu 1,06%, a US$ 78,11 por barril. Já o contrato do Brent, a referência global, para julho recuou 0,85%, a US$ 82,96 por barril.
Na semana, os contratos acumularam perdas de 6,85% e 5,95%, respectivamente, marcando seus maiores recuos semanais desde o começo de fevereiro.
O recuo da demanda pela commodity foi puxada pela queda nas tensões no Oriente Médio e, consequentemente, das chances de uma guerra mais ampla.
Petróleo fecha sem direção definida com alta no estoque dos EUA
O petróleo fechou em sentido misto nesta quinta-feira (2), com investidores digerindo novas informações sobre a commodity e incorporando, nos preços, a forte alta inesperada nos estoques do produto. Ainda assim, os contratos ganharam fôlego ao longo do pregão e encerraram distantes das mínimas intradiárias.
Os contratos futuros de petróleo tipo WTI (referência norte-americana) para junho fecharam com queda de 0,06%, a US$ 78,95 por barril. Já o Brent (referência global) para julho encerrou com alta de 0,28%, a US$ 83,67 por barril.
Além do aumento nos estoques de petróleo cru nos EUA, os contratos também sofreram com a “erosão do prêmio de risco” à medida que as tensões no Oriente Médio recuam.
Esta observação é dos analistas de commodities Warren Patterson e Ewa Manthey, do ING. “No entanto, este é um fator que pode retornar ao mercado, portanto, não deve ser totalmente desconsiderado”, acrescentaram, de acordo com o “Valor”.
Para eles, o nível de US$ 80 por barril parece ser o atual piso da commodity. “Negociar abaixo disso por um período prolongado provavelmente levaria a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) a implementar cortes voluntários adicionais para o segundo semestre do ano.
Além disso, fundamentalmente, o mercado ainda está apertado. Nosso balanço de petróleo mostra um déficit de cerca de 1 milhão de barris por dia no segundo trimestre”, pontuaram os analistas do banco holandês.