O BC (Banco Central) divulgou que em março a dívida líquida do setor público não financeiro aumentou em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) em 0,2 ponto percentual, atingindo 61,1%. O valor divulgado pelo BC nesta segunda-feira (6) equivale a R$ 6,742 trilhões. Esta comparação refere-se ao mês anterior, fevereiro.
O Banco Central explicou que esse aumento mensal se deve, em grande parte, ao impacto positivo dos juros nominais de 0,6 ponto percentual.
No entanto, houve um efeito contrário causado pela redução de 0,1 ponto devido ao ajuste da dívida externa líquida e à variação do PIB nominal, contribuindo com uma redução de 0,2 ponto no total.
BC: dívida bruta atinge 75% do PIB
Em março, a dívida bruta dos governos brasileiros atingiu R$ 8,347 trilhões, representando 75,7% do PIB. Houve um aumento de 0,2 ponto percentual em relação ao mês anterior.
O Banco Central explicou que essa variação mensal na dívida é atribuída principalmente ao aumento de 0,6 ponto percentual devido aos juros nominais.
Além disso, as emissões líquidas contribuíram com uma redução de 0,2 ponto, enquanto a expansão nominal do PIB também teve um impacto negativo de 0,2 ponto.
Projeções
O Boletim Focus do BC (Banco Central), publicado nesta segunda-feira (6), projeta uma manutenção na dívida líquida do setor público.
A projeção do BC se manteve inalterada para 2024, em 63,85% do PIB. Para o ano seguinte, houve avanço de 0,10%, de 66,40% do PIB para 66,50% do PIB.
Para os anos de 2026 e 2027, as estimativas também cresceram, indo de 68,00% do PIB para 68,40% do PIB e de 69,70% do PIB para 69,90% do PIB, respectivamente.
O Boletim Focus espera um menor IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), principal medidor da inflação no Brasil, para 2024, mas avança nas expectativas para o PIB e a taxa básica de juros (Selic).