As vendas no varejo deverão mostrar crescimento no segundo semestre do ano, aponta o Ibevar (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo).
O varejo restritivo, que não inclue veículos e material de construção, deve avançar 2,1% de abril a junho, enquanto o varejo ampliado, que inclui esse setores, crescerá um pouco mais (2,5%).
Ainda de acordo com as projeções do instituto, as vendas de Artigos para uso pessoal devem liderar as altas, com 8,5% de incremento, seguidas pelo segmento de Tecidos e Calçados, com crescimento de 3,7%, Veículos (3,5%), Material de construção (2,5%) e Artigos farmacêuticos (2,1%)..
Já para o segmento de Alimentos, Supermercados, Material de escritório e Combustíveis, a estimativa é de estabilidade. As vendas nos segmentos de Livros, jornais e revistas são as únicas que devem cair, com estimativa de recuo de 2,0%.
Através de nota, o presidente do Ibevar, Claudio Felisoni, explicou que o movimento de recuperação nas vendas deve-se à redução da inflação e seus efeitos sobre a massa real de pagamentos.
“Entretanto, a taxa de juros na ponta continua muito elevada travando obviamente uma expansão mais vigorosa”, ressalta Claudio.
Vendas no varejo ficam estáveis em março ante fevereiro
De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do comércio varejista no Brasil permaneceram estáveis (0,0%) em março em comparação com fevereiro, após um aumento de 1% no mês anterior.
Na série sem ajuste sazonal, o varejo registrou um crescimento de 5,7% em março de 2024 em comparação com março de 2023, após uma alta de 8,1% em fevereiro.
No acumulado do ano, o crescimento é de 5,9%. Nos últimos 12 meses, o resultado é um aumento de 2,5%.
Os dados superaram as expectativas do consenso de analistas da LSEG, que previa uma queda de 0,1% na comparação mensal e um aumento de 5,05% na comparação anual. Em fevereiro, as vendas haviam aumentado 1,0%, em contraste com a projeção de queda de 1,0%.