A Berkshire Hathaway, liderada por Warren Buffett, anunciou uma participação de US$ 6,7 bilhões na seguradora Chubb.
O anúncio põe fim a meses de mistério em torno de sua posição anteriormente não revelada em uma empresa financeira, que estava oculta em documentos regulatórios até então.
A Berkshire Hathaway divulgou sua participação em um documento publicado na quarta-feira (15), revelando suas posições no final do primeiro trimestre de 2024.
O conglomerado começou a construir sua participação na Chubb desde 2023, porém, esse movimento não havia sido divulgado anteriormente devido à permissão da Securities and Exchange Commission (SEC), o equivalente à “CVM americana”, para que a Berkshire mantivesse a informação confidencial.
Além disso, os registros mostraram que as participações acionárias da Berkshire em bancos, seguradoras e empresas financeiras aumentaram, enquanto os investimentos em outras indústrias, como produtos de consumo, diminuíram.
“Milhões de pessoas seguem o que Buffett faz”, disse David Kass, professor de finanças da Escola de Negócios Robert H. Smith da Universidade de Maryland, explicando o motivo pelo qual a Berkshire mantém a montagem de posições em segredo.
“Warren Buffett seria mais sensível à questão do que outros investidores”, completa Kass.
Aposta em seguros
A Berkshire de Buffett tem uma extensa experiência na indústria de seguros, sendo proprietária de várias empresas, incluindo Geico e National Indemnity.
O investidor bilionário descreveu a operação de seguros de acidentes de propriedade da Berkshire como o “núcleo” do conglomerado, destacando sua capacidade de gerar um “float” que pode ser reinvestido posteriormente.
Além disso, o conglomerado expandiu seus investimentos em outros negócios do setor de seguros. A Berkshire detém uma participação na Aon, uma das principais corretoras do mercado, e também já investiu em concorrentes como a Marsh & McLennan.
Buffett diz que IA é a bomba atômica do século 21
Durante a reunião anual de acionistas da Berkshire Hathaway, no sábado (4), o renomado investidor Warren Buffett expressou preocupações sobre o potencial de danos da inteligência artificial (IA).
Buffett destacou a possibilidade de utilização dessa tecnologia para golpes, mencionando que o setor seria extremamente lucrativo para fraudes, habilitado em parte pela IA, e que se estivesse interessado em investir nisso, seria um campo fértil.
O renomado investidor destacou a capacidade da tecnologia de criar conteúdo realista e enganoso, alertando para o perigo de enviar dinheiro para criminosos.
Buffet mencionou o uso de técnicas como clonagem de voz e deep fake para manipular vídeos e imagens, permitindo que golpistas imitem familiares e amigos, com o objetivo de solicitar dinheiro ou informações pessoais.