A Dasa (DASA3) planeja vender um único ativo por pelo menos R$ 2,5 bilhões para concluir sua operação de aumento de capital. As informações foram divulgadas na quarta-feira (15).
Segundo a Dasa (DASA3), a família Bueno, controladora de aproximadamente 80% da empresa, fará um aporte de R$ 1,5 bilhão como adiantamento de um “capital de capital”, que se dará quando a venda de um ativo for anunciada.
Mesmo que não haja uma entrada de liquidez, os controladores se comprometeram a realizar a operação até 31 de dezembro de 2024.
A Dasa negocia a venda de uma fatia minoritária de medicina diagnóstica para um grupo internacional que atua no mesmo segmento. A informação foi obtida pelo “Valor”.
André Covre, diretor financeiro da Dasa, declarou que as prioridades da empresa são melhorar a eficiência operacional e concluir a venda do ativo.
O aporte de R$ 1,5 bilhão fará com que a alavancagem da empresa saia de 4,2 para 3,5 vezes o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).
“Com o afastamento da pressão dos covenants, teremos melhores condições para negociar com as operadoras questões como credenciamento, preço, e glosa (atraso e cancelamento de pagamento de procedimento médico)”, disse o presidente da Dasa, Lício Cintra.
Ainda conforme mencionado por Cintra, a companhia tem foco em melhorar a eficiência operacional dos hospitais e laboratórios que estão subaproveitados.
Nesta tarde de quinta-feira (16), a empresa realizou uma teleconferência para investidores e analistas.
Dasa (DASA3) promove “dança das cadeiras” e irá trocar CEO
A Dasa (DASA3) passa por mudanças em seu alto escalão. O executivo Lício Cintra, que liderou o Grupo São Francisco por uma década, até sua venda, assumirá como CEO da companhia em fevereiro do ano que vem. Com isso, Pedro Bueno, atualmente no comando da empresa, passará a ser vice-presidente executivo do Conselho de Administração.
O plano de reestruturação da Dasa contará com três fases. Na primeira, que encerrou em fevereiro de 2024, Bueno, ainda como CEO, imprimiu um ritmo na transição da liderança executiva no âmbito da gestão, apoiando Cintra.
Já na segunda fase, que se iniciou em fevereiro deste ano e será finalizada em fevereiro de 2025, Bueno, como vice-presidente executivo, garantirá disciplina em relação ao direcionamento e implantação da estratégia, assim como apoiará Cintra no papel de CEO.