América Latina

Azul (AZUL4): CEO vê aquisições como saída para aéreas problemáticas

A companhia estaria explorando uma fusão com a Gol (GOLL4), que está enfrentando uma recuperação judicial.

Foto: Divulgação
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O CEO da Azul (AZUL4), John Peter Rodgerson, afirmou que a consolidação reduziria o custo de capital para as companhias aéreas latino-americanas e, consequentemente, promoveria melhores serviços para os clientes. “Sempre acreditamos muito na consolidação”, disse ele.

A afirmação do CEO da Azul foi feita em uma entrevista em Nova York na quarta-feira (15). “O produto melhora para os clientes e pode realmente fortalecer um grande mercado no Brasil que vemos hoje”, afirmou Rodgerson, conforme antecipado pelo “InfoMoney”.

Rodgerson não comentou sobre o processo “ativo” de fusões e aquisições. Entende-se que a Azul está explorando uma fusão com a Gol (GOLL4), com negociações em andamento para um possível acordo com a aérea brasileira.

As companhias aéreas latino-americanas têm enfrentado grandes dificuldades desde a pandemia da Covid-19.

O CEO da Azul se reuniu com o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para debater um plano para usar fundos públicos como garantia para empréstimos, proporcionando um alívio financeiro para as aéreas.

Segundo Rodgerson, o governo brasileiro compreende a importância de proporcionar alívio da dívida dessas empresas.

“Se você tiver acesso ao crédito com um custo de capital menor, isso permitirá que as tarifas sejam mais baratas e que mais aeronaves sejam compradas”, disse o CEO.

Santander diz que Azul (AZUL3 ) tem resultados fortes no 1TRI24

Azul (AZUL3) reportou um primeiro trimestre com fortes resultados, segundo a análise do Santander, que destaca o Ebitda 8% acima do previsto. 

O resultado foi impulsionado por uma combinação de crescimento moderado anual na receita operacional por assentos-quilômetro oferecidos (Rask) e uma queda significativa no custo operacional por assento disponível por quilômetro (Cask).

Além disso, a empresa manteve sua alavancagem estável em 3,7 vezes a dívida pelo Ebitda (ND/Ebitda) nos últimos 12 meses, com a administração visando alcançar um múltiplo de cerca de 3,0 vezes até o final de 2024, conforme destacado pelos analistas Lucas Barbosa, Lucas Esteves e Gabriel Tinem em seu relatório aos clientes.