Embora tenha conseguido na Justiça a vitória sobre a Novonor em um processo por abuso de poder, a Braskem (BRKM5) não deve receber tão cedo a indenização bilionária.
Na avaliação do Bradesco BBI, há uma “baixa chance” de pagamento, dado a “situação financeira da Novonor”.
A ex-Odebrecht está em recuperação judicial desde 2020. À época, o pedido apontava um passivo de R$ 51 bilhões de reais sujeito ao concurso de credores.
Além da vitória judicial recente, há uma outra causa que corre na Justiça fluminense, que prevê pagamentos bilionários também. Ambas as causas devem totalizar R$ 16 bilhões em pagamentos a serem feitos à petroquímica.
Na segunda-feira (20), após a Justiça de São Paulo condenar a Novonor, as ações da Braskem (BRKM3) subiam 6,6% por volta das 10h25 (horário de Brasília), na contramão do Ibovespa, que caía.
Braskem (BRKM5): grupo Adnoc desiste de negociação com Novonor
A Braskem (BRKM5) anunciou, nesta segunda-feira (6), que a estatal de petróleo de Abu Dhabi, Adnoc, voltou atrás nas negociações com a Novonor (ex-Odebrecht) para adquirir participação da empresa na petroquímica brasileira.
“Fomos informados pela Adnoc que não têm interesse em dar continuidade ao processo de análise e negociações com a Novonor sobre a potencial transação”, afirmou a Novonor em comunicado publicado pela Braskem em fato relevante ao mercado.
Após o anúncio, as ações da petroquímica desabaram. Por volta das 11h (horário de Brasília), os papéis da companhia recuavam 14,53%, cotados a R$ 19,70.
Em novembro do ano passado, a Braskem (BRKM5) confirmou que o grupo havia feito uma proposta não vinculante de R$ 10,5 bilhões pela participação de 38,3% que a Novonor possui na Braskem (BRKM5).
Na ocasião, as ações da petroquímica dispararam e fecharam o pregão do dia da proposta com a maior alta do Ibovespa. Os papéis da companhia avançaram 15,57%, a R$ 19,98.