A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, destacou, que é esperada uma retração “natural” no próximo trimestre para o Produto Interno Bruto (PIB), impulsionada pela situação no Rio Grande do Sul.
No entanto, expressou confiança de que o cenário será revertido até o final do ano, devido aos incentivos do governo.
De acordo com Tebet, está previsto o lançamento de um pacote de medidas para socorrer a indústria e o setor produtivo do Rio Grande do Sul até esta sexta-feira (24). A iniciativa é liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A ministra enfatizou que, com essas medidas, o crescimento do Brasil não será impactado negativamente.
“Nós acreditamos que depois desse trimestre de queda, nós tenhamos, até o final do ano, a economia novamente recuperada. Apesar de toda a catástrofe, das vidas perdidas, das pessoas desabrigadas, ela não impactará negativamente o PIB, o crescimento do Brasil e, consequentemente, a criação de emprego e renda”, ressaltou Tebet em evento da Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base), em Brasília.
“Mas repito: Isso depende de uma série de medidas que nós estamos fazendo”, completou.
Tebet também destacou que os gastos adicionais com o Rio Grande do Sul não comprometerão o compromisso do governo com a meta fiscal.
“Nossa meta é zero, a equipe econômica está focada em alcançar esse objetivo”, disse a ministra.
PIB: Santander eleva projeção apesar de tragédias no RS
O Santander elevou a projeção do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro de 1,8% para 2%, apesar de considerar impacto negativo de 0,3 ponto percentual devido às enchentes no RS (Rio Grande do Sul).
“Elevamos nossa projeção do PIB para 2024, mas vemos um aumento dos riscos em ambos os lados. Vemos agora um mercado de trabalho ainda mais forte, com perspectiva de que a taxa de desemprego permanecerá em níveis baixos por mais tempo, com riscos de uma desocupação ainda menor. Assim, aumentamos nossa projeção do PIB para 2024”, apontou o banco no relatório.
O Santander afirmou ainda que a revisão foi menor devido à consequência das tragédias no RS, que “pode ser maior do que a estimativa inicial”.