O Brasil apresentou um déficit de transações correntes de US$ 2,5 bilhões em abril de 2024, em comparação com um saldo negativo de US$ 247 milhões no mesmo mês do ano anterior, conforme os dados do Balanço de Pagamentos divulgados nesta sexta-feira (24) pelo Banco Central.
Nos doze meses encerrados em abril, o déficit acumulado foi de US$ 35,3 bilhões, representando 1,57% do PIB. Esse valor é superior aos US$ 33,0 bilhões (1,48% do PIB) registrados no mês anterior, mas inferior aos US$ 50,6 bilhões (2,52% do PIB) de abril de 2023.
A balança comercial de bens registrou um superávit de US$ 6,8 bilhões em abril de 2024, abaixo dos US$ 7,4 bilhões do mesmo mês em 2023.
As exportações de bens totalizaram US$ 31,4 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 24,6 bilhões, representando aumentos de 11,7% e 18,6%, respectivamente, em comparação anual.
O déficit na conta de serviços foi de US$ 4,0 bilhões em abril de 2024, um aumento de 26,9% em relação aos US$ 3,1 bilhões de abril de 2023.
Comparando com o ano anterior, as despesas líquidas com serviços de propriedade intelectual cresceram 175%, totalizando US$ 889 milhões. As despesas líquidas com transportes aumentaram 36,5%, atingindo US$ 1,4 bilhão, e os gastos líquidos com aluguel de equipamentos subiram 36,6%, chegando a US$ 856 milhões.
Projeção para déficit fiscal em 2024 piora, para R$ 14,5 bi
O governo, através dos ministérios da Fazenda e do Planejamento, anunciou, nesta quarta-feira (22), a nova projeção para o déficit fiscal ao final de 2024: R$ 14,5 bilhões, equivalente a 0,1% do PIB.
O resultado mostra uma piora em relação ao apresentado em março, quando a estimativa era de déficit de R$ 9,3 bilhões.
A meta fiscal estabelecida para o ano é de déficit zero, com uma banda de tolerância de 0,25% do PIB, ou cerca de R$ 29 bilhões. Portanto, a nova projeção está dentro da margem.