A Gol (GOLL4) anunciou nesta segunda-feira (27) seu plano de negócios de cinco anos, projetado para apoiar os próximos passos do processo de Chapter 11, iniciado em janeiro de 2024.
O JPMorgan caracteriza o anúncio do plano financeiro de cinco anos como mais um marco no processo de recuperação judicial da companhia nos EUA e uma medida bem-vinda.
No entanto, reafirma sua preferência pela Copa Airlines na América Latina, considerando-a a principal escolha entre as companhias aéreas.
O plano prevê o refinanciamento de US$ 2,0 bilhões em dívidas garantidas de longo prazo e a emissão de US$ 1,5 bilhão em novas ações, que apoiarão o pagamento de seu DIP de US$ 1,0 bilhão e aumentarão sua posição de liquidez. No entanto, os termos e condições ainda precisam ser decididos, destaca o JPMorgan.
O JPMorgan mantém classificação underweight (exposição abaixo da média do mercado, equivalente à venda).
JPMorgan pontua
Conforme o relatório do JPMorgan, a Gol deve iniciar um processo competitivo no início de junho para avaliar as propostas de financiamento de saída, o que pode levar até o 3T24 ou 4T24 para ser concluído.
Como resultado, espera-se que a dívida líquida alcance 3,6 vezes em 2025, diminuindo gradualmente para 2,9 vezes e 1,7 vez em 2026 e 2029, respectivamente.
Nesse cenário, a empresa tem expectativa de recuperar os níveis de capacidade doméstica pré-covid até 2026.
Além disso, prevê-se que a margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, sobre receita) se recupere em 2025, atingindo 29% (em comparação com a estimativa de 27% do banco), após uma projeção de 23% em 2024 (em comparação com a estimativa de 25%).
No que diz respeito à gestão da frota, a Gol tem como meta alcançar 169 aeronaves até 2029, em comparação com as 142 no 1T24.
Até o momento, a empresa já fechou novos contratos de leasing para 113 aeronaves e 48 motores sobressalentes no contexto do Chapter 11 e espera fechar novos contratos para quase todas as aeronaves restantes em breve.
Gol (GOLL4): lança plano com previsão de aumento de capital de US$ 1,5 bi
A Gol (GOLL4) anunciou o lançamento de um plano financeiro de cinco anos com o objetivo de sair da recuperação judicial nos EUA e melhorar seus resultados. Esse processo pode resultar em uma queda na margem em 2024 e na redução do valor das ações da empresa.
A companhia aérea estimou que a margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) deve cair para cerca de 23% este ano. No entanto, com os esforços de “melhorias de resultados”, essa margem deve aumentar para cerca de 29% em 2025, 30% em 2026 e 34% até 2029. Em 2023, a margem recorrente foi de 32%.
“As margens Ebitda serão impulsionadas, em parte, pela implementação de um programa anual de melhoria de resultado de cerca de 1 bilhão de reais, que permitirá à Gol manter uma vantagem competitiva sobre seus pares no custo unitário”, afirmou a empresa sem dar detalhes.