O processo que avaliava uma possível “reputação ilibada” do gestor Vladimir Timerman, dono na Esh Capital – empresa que disputa diretamente com Nelson Tanure – foi arquivado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Se o processo na CVM fosse adiante, o gestor poderia ser banido do mercado. A base para a suspeita foram notícias e ações judiciais movidas por adversários de Timerman, de acordo com o “O Globo”.
A superintendência da CVM que fiscaliza investidores institucionais disse que “por indícios relativos à prática de crimes contra o patrimônio e extorsão, além da indisponibilidade de negociação de cotas de fundos da Esh Capital, indicavam mácula à reputação necessária e exigida pela norma como condição para o exercício da atividade de administrador de carteiras.”
“Porém, na análise de sua resposta protocolada nesta CVM em 02/05/2024, entendemos por ora esclarecidos os motivos que levaram à abertura deste processo de cancelamento”, foi a conclusão expressa pela CVM.
Conforme a instituição, até que a Justiça decida quanto ao mérito de um processo em tramitação na 2ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, abordando o investimento da Esh Capita na Gafisa, a avaliação seguirá dessa forma.
“Dada a razoabilidade das explicações, comunicamos que esta área técnica decidiu pelo arquivamento do referido procedimento, podendo reabri-lo, casos surjam novo fatos”, finalizou.
CVM multa em R$ 55,8 mi envolvidos em pirâmide cripto de R$ 7 bi
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) impôs uma multa de R$ 55,8 milhões aos responsáveis pela Atlas Quantum, uma pirâmide financeira de criptomoedas que resultou em um prejuízo estimado de R$ 7 bilhões.
A decisão da CVM alega que os envolvidos violaram as leis do sistema financeiro nacional.
A Atlas Quantum e a Atlas Project International, empresas envolvidas, terão que pagar R$ 22,1 milhões cada por práticas fraudulentas no mercado de valores mobiliários, além de R$ 170 mil cada por dificultar a fiscalização.
Rodrigo Marques dos Santos, o criador do esquema, recebeu uma multa de R$ 11,13 milhões pelos mesmos delitos.
Outra empresa associada à Atlas, a Anubistrade Investments, também foi multada em R$ 170 mil por dificultar a fiscalização, de acordo com a decisão da autarquia federal.