Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, declarou nesta segunda-feira (27) que o auxílio às grandes empresas do Rio Grande do Sul (RS), afetadas pelas enchentes, será anunciado na terça-feira (28).
Segundo ele, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), discutirão o assunto neste dia.
“Está praticamente elaborada a medida provisória que deve definir a questão do crédito para grandes empresas. Mas tenho certeza que vai surpreender positivamente a todos”, afirmou Alckmin à jornalistas, de acordo com o “Poder360”.
A previsão é de R$ 15 bilhões direcionados ao benefício, destinado através do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), para tal movimento será aberta uma “unidade avançada”, em Porto Alegre.
Enquanto isso, as empresas de médio porte receberão atendimento pelo Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).
Além disso, segundo o vice-presidente, na terça-feira também será sancionado o PL (Projeto de Lei) 2/2024, autorizando a concessão de quotas diferenciadas de depreciação acelerada para máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos novos para o ativo imobilizado.
RS: setor agrícola tem perda estimada em R$ 3 bilhões
O agronegócio gaúcho pode ter perdido aproximadamente R$ 3 bilhões em decorrência da tragédia climática que ocorreu no Rio Grande do Sul (RS) e deve levar pelo menos uma década para a normalização do cenário. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (27) pela Farsul (Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul).
O levantamento da Farsul foi realizado com o apoio do projeto S.OS Agro RS, que representa aproximadamente 2.025 produtores do estado.
Segundo o economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, o cálculo se baseia na área de produção inundada.
O economista reforça que a estimativa é preliminar, pois não considera as potenciais perdas em áreas que não foram inundadas e que não estão sendo colhidas, além da produção que já foi colhida.
De acordo com o documento, 347 produtores informaram prejuízos, somando cerca de R$ 467,6 milhões, uma média de R$ 1,4 milhão por ocorrência. No total, 550 agricultores responderam ao levantamento.
Dentre os respondentes, aproximadamente 73% são pequenos produtores. Desses, 63,4% fazem parte do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), ao passo que os demais são agricultores familiares.