A inflação medida pelo IPCA-15 em Porto Alegre foi de 0,86% em maio, mês afetado por enchentes que isolaram várias áreas da capital gaúcha, conforme divulgado pelo IBGE nesta terça-feira (28). No mês anterior, os preços haviam registrado uma queda de 0,01% na comparação mensal.
No acumulado do ano, o indicador registra uma alta de 1,20% em Porto Alegre e, nos últimos 12 meses, a prévia da inflação oficial alcançou 3,44%.
De acordo com o IBGE, devido à situação de calamidade pública na região metropolitana de Porto Alegre, a coleta de preços na modalidade remota foi intensificada, sendo realizada presencialmente sempre que possível.
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 16 de abril e 15 de maio de 2024, e comparados aos preços vigentes de 15 de março a 15 de abril de 2024.
Índice em Porto Alegre
As informações utilizadas no IPCA-15 de maio foram validadas com base nas metodologias de cálculo, crítica e imputação de preços do Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC).
Em maio, cerca de 30% da coleta de preços foi realizada de forma remota, por telefone ou internet, devido à situação emergencial. A coleta remota foi intensificada a partir de 06/05, quando aproximadamente 70% dos preços já haviam sido coletados de maneira presencial.
Ainda assim, nem todos os subitens puderam ser coletados por telefone ou internet, como alguns subitens de hortaliças e verduras. Nesses casos, foi realizada a imputação dos dados, informou o IBGE.
O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
IPCA-15, prévia da inflação, avança para 0,44% em maio
O IPCA-15, prévia da inflação oficial do país, avançou para 0,44% em maio, ante alta de 0,21% no mês de abril, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nessa terça-feira (28).
Em 12 meses, a variação do IPCA-15 em maio foi de 3,70%, abaixo dos 3,77% nos 12 meses imediatamente anteriores.
O dado de maio veio abaixo da estimativa de analistas, que previam inflação mensal de 0,49% e índice de 3,75% em 12 meses.
Já o grupo de Saúde e cuidados pessoais, outro fator de impacto no índice, registrou alta de 1,07%, puxada pelo incremento nos produtos farmacêuticos (2,06% e 0,07 p.p. de impacto), após a autorização do reajuste de até 4,50% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março.