Reitera compra

PRIO (PRIO3): BBI corta preço-alvo, mas vê ação subindo 60% 

Corte se deve às estimativas de produção de curto prazo mais baixas e possíveis atrasos em projetos importantes

Prio
Prio / Foto: Divulgação

O Bradesco BBI revisou para baixo o preço-alvo da ação da PRIO (PRIO3) de R$ 75 para R$ 70. Essa decisão foi motivada por suas projeções de produção de curto prazo mais baixas e a possibilidade de atrasos em projetos importantes, como Wahoo e Albacora Leste.

“Esses atrasos estão relacionados principalmente à greve do órgão regulador ambiental Ibama”, explica.

O banco revisou para baixo a expectativa de produção para 2024, passando de 99 mil para 90 mil barris por dia (bpd). Essa revisão foi fundamentada em três pontos principais:

(i) os níveis de produção atuais estão abaixo do esperado;

(ii) o adiamento do início da exploração no campo de Wahoo de outubro de 2024 para janeiro de 2025, principalmente devido à greve do Ibama; e

(iii) a inclusão da reativação de dois poços no campo de Albacora Leste e a recuperação de dois poços no campo de Polvo.

Além disso, houve um adiamento na previsão do início da campanha de renovação em Albacora Leste, uma vez que só poderá ocorrer após a conclusão do projeto Wahoo.

Revisão do BBA para PRIO

Isso resultou em uma redução nas estimativas de produção entre 2024 e 2026, causando uma diminuição de 10% nas estimativas para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações).

Por outro lado, o banco reafirmou sua recomendação de “outperform” (desempenho acima da média do mercado, equivalente a compra) para as ações da petrolífera. Eles ainda veem um potencial de valorização de 60% em relação ao fechamento do dia anterior.

Além da revisão do preço-alvo, o BBI também destaca que a PRIO é um dos possíveis licitantes para a participação minoritária de 40% da Sinochem no campo de Peregrino. O banco observa que a PRIO é um concorrente robusto devido à proximidade desse ativo com seu portfólio atual. Eles acrescentam que a venda desse ativo pode acontecer em um futuro próximo.

Analistas estimam que a participação de 40% da Sinochem no campo de Peregrino tenha um valor de US$ 2,170 bilhões, considerando uma estimativa de preço do petróleo de longo prazo de US$ 70 por barril. Para cada redução de US$ 100 milhões no valor pago pela PRIO, a criação de valor implícita seria de aproximadamente R$ 0,60 por ação.

Para que a PRIO alcance sua meta de uma taxa interna de retorno (TIR) desalavancada de 20% em uma aquisição, o preço máximo de licitação deveria ser de US$ 1,800 bilhão. Isso é baseado na premissa de longo prazo do Brent a US$ 60 por barril (o preço considerado pela empresa para fusões e aquisições).