Os analistas do Goldman Sachs revisaram suas projeções para a Lojas Renner (LREN3), refletindo um potencial desempenho mais fraco no segundo trimestre (2T24).
No entanto, reiteraram a recomendação de “compra” para a ação, com um preço-alvo de R$ 20, conforme indicado em relatório enviado aos clientes nesta quarta-feira (29).
“Acreditamos que o mercado está atualmente precificando um cenário excessivamente conservador para 2024”, afirmaram Irma Sgarz e equipe, vendo margem para a empresa superar expectativas dos investidores e para um “re-rating” de múltiplos no contexto de um ambiente competitivo potencialmente mais benigno.
Eles mencionam que as ações recuaram 16% no último mês, superando a queda do Ibovespa, devido às preocupações dos investidores sobre o impacto das enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul e das temperaturas mais altas que a média no Sudeste nos resultados do segundo trimestre.
“Atrasos em torno da legislação que poderia reduzir a isenção fiscal para importações de baixo valor também pesaram sobre o sentimento”, acrescentaram.
Projeções do Goldman
De acordo com as novas projeções do Goldman Sachs, a receita líquida de varejo da Lojas Renner em 2024 é projetada em R$ 12,367 bilhões, ante os R$ 12,515 bilhões estimados anteriormente.
Espera-se um aumento de 5,4% nas vendas mesmas lojas, em comparação com o acréscimo de 6,6% previsto anteriormente. Quanto à margem bruta, a estimativa permanece em 55%, em comparação com os 55,2% estimados anteriormente.
O Ebitda de varejo agora é calculado em R$ 2,318 bilhões, uma revisão em relação aos R$ 2,443 bilhões estimados anteriormente, com uma margem de 18,7% em comparação com os 19,5% anteriores. Quanto ao lucro líquido, a previsão foi ajustada de R$ 1,105 bilhão para R$ 1,010 bilhão.
Renner (LREN3): XP rebaixa posição com desempenho do varejo
Apesar do valuation descontado em relação às médias históricas, a XP Investimentos rebaixou a recomendação para as ações da Lojas Renner (LREN3) de compra para neutro, com preço-alvo de R$ 18.
O time de análise da XP justifica o corte devido à perspectiva de resultados mais fracos, já que o clima e o cenário macroeconômico serão obstáculos para o crescimento e a expansão de margem da varejista.
O segundo trimestre é visto como um potencial gatilho para uma revisão negativa no lucro.