Recorde de passageiros

Aéreas devem fechar 2024 com lucro líquido de US$ 30,1 bi, diz Iata

Resultado representa alta de 11,3% contra o do ano anterior e um salto de 18,7% contra a projeção divulgada em dezembro

Aeronaves
Foto: Pixabay

Segundo projeções da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo), as aéreas ao redor do mundo devem encerrar o ano de 2024 com um lucro líquido de US$ 30,1 bi, alta de 11,3% contra o resultado do ano anterior.

O resultado também representa um salto de 18,7% contra a projeção anterior, divulgada em dezembro.

A estimativa é que, este ano, haja um recorde de 4,96 bilhões de passageiros. A receita do segmento deverá saltar 9,7% em 2024, para US$ 996 bilhões.

“Em um mundo de muitas e crescentes incertezas, as companhias aéreas continuam a reforçar sua lucratividade. O lucro líquido esperado em 2024 é uma grande conquista, considerando as recentes perdas profundas da pandemia”, disse Willie Walsh, diretor-geral da Iata.

Apesar disso, Walsh afirmou que ainda existe uma “grande lacuna” a ser coberta. Um retorno de 5,7% sobre o capital investido está bem abaixo do custo de capital, que é superior a 9%. E ganhar apenas US$ 6,14 por passageiro é uma indicação de quão escassos são nossos lucros, mal o suficiente para um café em muitas partes do mundo”, pontuou Willie.

Considerando apenas o segmento de passageiros, o setor deve registrar receita de US$ 744 bilhões em 2024, alta de 15,2% no ano. A demanda (medida em passageiro-quilômetros pagos, ou RPK) deve crescer 11,6%. A visão de longo prazo do setor é de crescimento anual de 3,8% até 2043.

A estimativa do setor é de que o ano registre 38,7 milhões de voos, 1,4 milhão de voos abaixo da estimativa anterior (dezembro de 2023). A redução, segundo a Iata, reflete a desaceleração do ritmo de entregas de aeronaves em face de problemas persistentes na cadeia de suprimentos no setor aeroespacial.

O número de entregas de aeronaves programadas para 2024 deve ser de 1.583, 11% menor do que as expectativas publicadas há alguns meses.

América Latina tem visto “melhora constante”, diz Iata

Considerando apenas a América Latina, a estimativa da Iata é de que a região tenha um lucro de US$ 600 milhões em 2024, contra US$ 200 milhões em 2023. A demanda deverá saltar 8,2%, enquanto a oferta aumentar 8,1%.

Segundo a Iata, a América Latina tem visto uma melhora constante no desempenho financeiro desde 2020 — embora os países tenham apresentado resultados diversos. A turbulência econômica e social ajuda a explicar parte dos problemas enfrentados em algumas regiões.

Países na América Central, especialmente México, El Salvador, Guatemala e Honduras são os principais contribuintes para o crescimento dos lucros da região.