Em meio a liquidação extrajudicial

BTG Pactual (BPAC11) adquire controle acionário do Banco Nacional 

A instituição faliu em 1995 e em processo de liquidação desde então

BTG Pactual
BTG Pactual / Divulgação

O BTG Pactual (BPAC11) anunciou o interesse em adiquirir o controle acionário do Banco Nacional, falido em 1995 e em processo de liquidação desde então. 

Sem valor da negociação divulgado, o BTG afirmou que esta aquisição seria em linha com sua estratégia da área de “Special Situations”, que investe em empresas em dificuldade com o objetivo de obter lucros no futuro.

“A operação faz parte da estratégia de investimentos da área de Special Situations do BTG Pactual, focada na aquisição e recuperação de carteiras de créditos inadimplidos e compra de ativos financeiros alternativos, a qual acumula expertise em turnaround de instituições financeiras em regime especial”, explicou o BTG.

No entanto, a conclusão da operação está vinculada à verificação de condições do Banco Nacional. Dentre elas,  a cessação do regime de liquidação extrajudicial da instituição que será possibilitada pela liquidação ou saneamento de seus passivos financeiros.

Além disso, o BTG também observa se a obtenção de todas as aprovações regulatórias, incluindo a do BC (Banco Central do Brasil) e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

O estado de liquidação extrajudicial do Banco Nacional seria alienado ao BTG, por meio dos acionistas controladores. 

“Os acionistas se comprometeram a alienar ao BTG a totalidade de ações de emissão da companhia detidas e que venham a ser detidas pelos acionistas controladores na data da efetiva consumação da operação”, disse a nota.

Histórico e crise do Banco Nacional

A instituição financeira foi fundada em 1944 pelos irmãos José de Magalhães Pinto, ex-governador de Minas Gerais, e Valdomiro de Magalhães Pinto. Até a década de 1990, destacou-se como um dos maiores bancos privados do Brasil. Em 1995, o Banco Central interveio e a instituição foi vendida ao Banco Itaú.

Em novembro de 2023, o Banco Nacional aprovou um aumento de capital no valor de R$ 1,443 bilhões.

Com isso, a família Magalhães Pinto, que controla o banco, sugeriu um aumento de até R$ 1,529 bilhões com o intuito de vender a instituição ao BTG Pactual.

O BTG Pactual já havia tentado adquirir o controle do Banco Nacional anteriormente. A primeira tentativa aconteceu em 2014, mas não avançou.