O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) comunicou ao mercado, nesta terça-feira (4), o financiamento de R$ 1,76 bilhão para cooperar com os planos de investimentos das concessionárias de distribuição de energia elétrica controladas pelo Energisa (ENGI11).
Desse modo, a operação visa viabilizar a manutenção e incremento da qualidade operacional para 20 milhões de pessoas atendidas em 863 municípios, conforme explicado pelo BNDES.
O atendimento a novos domicílios, a ampliação de subestações e linhas de distribuição de energia e a troca de equipamentos, integram as intervenções que serão executadas pelas concessionárias.
Vale destacar que, o maior apoio é destinado à Energisa Mato Grosso, que receberá R$ 395 milhões.
Financimantos do BNDES
Os demais financiamentos são para as distribuidoras que atendem Mato Grosso do Sul (R$ 288 mi); Tocantins (R$ 231 mi); Paraíba (R$ 215 mi); Paraná, Minas Gerais e São Paulo (R$ 171 mi); Sergipe (R$ 149 mi); Acre (R$ 125 mi); Minas Gerais e Rio de Janeiro (R$ 117 mi); e Rondônia (R$ 75 mi).
“Por atuar em 24% do território nacional, entendemos que cada área de atuação tem particularidades e nos demandam investimentos específicos para dar a melhor resposta aos anseios dos nossos clientes. Seguindo o nosso plano de investimento, esse recurso será aplicado na expansão da rede de distribuição para democratizar ainda mais o acesso à energia limpa e na robustez da nossa infraestrutura”, afirmou o vice-presidente de Redes do Energisa, Gioreli de Sousa, em comunicado à imprensa.
Em nota, Luciana Costa, diretora de infraestrutura, transição energética e mudança climática do BNDES, afirmou que a ampliação e melhoria dos serviços de distribuição de energia é prioridade para o banco, ”pois envolve projetos em que há fortes benefícios tanto em termos de expansão da população atendida quanto em relação à qualidade e confiabilidade da energia entregue nestas regiões”, afirmou.
Fitch: aquisição do Grupo Infra aumenta diversificação para Energisa
A aquisição da Infra Gás eleva a diversificação de negócios da Energisa (ENGI11) ao passo que o grupo expande sua operação para o setor de distribuição de gás natural, aponta a Fitch em relatório.
A Fitch avalia como neutra a classificação para a qualidade de crédito da Energisa para essa operação.
A agência ainda aponta que o setor de gás natural tem um “perfil de risco moderado” e “fortes perspectivas de crescimento”, conforme antecipado pelo “Broadcast”.
Em relatório, a Fitch projeta que o impacto financeiro será reduzido, com leve alta de 0,1 vez na previsão de alavancagem líquida consolidada da Energisa ao fim de 2024, quando comparado com o cenário base de rating anterior.
“A Fitch acredita que a Energisa tem comprovada flexibilidade financeira, e o custo da aquisição está dentro de suas capacidades e representa um esforço de liquidez gerenciável”, destacou a agência.