O mercado no exterior tem ficado receoso em relação ao desempenho de Wall Street estar se tornando vinculado a um grupo restrito de empresas. Isso porque as fortes altas da Nvidia (NVDC34) e de algumas outras companhias estão impulsionando ou deteriorando o mercado norte-americano.
Aproximadamente 60% do retorno do S&P 500, de mais de 12% ao ano, foi impulsionado por cinco organizações cujos papéis têm pesado mais no índice: Nvidia (NVDC34), Microsoft (MSFT34), Meta (M1TA34), Alphabet (GOGL34) e Amazon (AMZO34). Os dados são do S&P Dow Jones Indices.
A Nvidia, que alcançou um valuation (valor de mercado) recorde na quarta-feira (5), foi responsável por aproximadamente um terço do ganho do índice.
Com o avanço dos preços das ações, seus pesos no S&P 500 cresceram, dando a elas mais influência sobre o índice. As quatro principais ações – Microsoft, Nvidia, Apple (AAPL34) e Alphabet – respondiam a quase 24% do S&P 500 no final de maio, o maior peso coletivo de quatro ações nos últimos 60 anos, conforme informações da “Bianco Research”.
Muitos investidores acreditam que o peso é merecido, devido aos lucros robustos. Contudo, existem aqueles que ficam preocupados com o fato de a concentração de ganho em um grupo pequeno de empresas poder ameaçar os índices se algumas delas começarem a oscilar.
“Se esses nomes deixarem de ter um bom desempenho (…) e não virmos o restante do mercado fornecendo esse suporte, isso poderá ser uma fonte de vulnerabilidade”, declarou, de acordo com o “InfoMoney”, Angelo Kourkafas, estrategista sênior de investimentos da Edward Jones.
Em paralelo a isso, uma análise das dez maiores ações do S&P 500 aponta que seu peso avançou para 34,1% no final do mês passado. Segundo o analista sênior de índice da S&P Dow Jones Indices, Howard Silverblatt, esse foi o maior peso de todos os tempos no final do mês para as dez principais ações do índice.
Nvidia (NVDC34) anuncia parcerias com fábricas de IA
A Nvidia (NVDC34) anunciou uma série de parcerias com desenvolvedoras de computadores para oferecer a usuários soluções do que tem chamado de AI factories – ou “fábrica de inteligência artifical“.
Se juntam à Nvidia (NVDC34) companhias de hardware que possuem atuação no segmento de soluções para computação, principalmente em servidores, como Gigabyte, AsRock Rack e até a Asus.
A ideia é que a Nvidia atue junto aos clientes para desenvolver essas “fábricas”, otimizando o processamento de IA generativa por meio de uma interação de seus produtos, como a recente linha de chips Blackwell, com os desses parceiros.