A possibilidade de investidores adquirirem opções de FIIs (Fundos Imobiliários) listadas se tornou realidade com o lançamento dos primeiros produtos da XP.
“O público de FIIs tem um perfil mais rentista, gosta de receber o rendimento mensal, mas ao mesmo tempo fica com muito receio das oscilações do mercado”, disse o sócio e chefe da unidade de fundos da XP, Leon Goldberg, de acordo com o “Valor”.
“Nós entendemos que, para uma parcela significativa, havia interesse em controlar um pouco essa volatilidade ou ter uma garantia para o investimento”, acrescentou o sócio e chefe da unidade de fundos da XP.
Então, a empresa conversou com a B3 (B3SA3) sobre a possibilidade de trazer soluções de derivativos que já existem na renda variável, como as opções.
De acordo com o responsável por produtos estruturados da casa, Raoni Carramilho, “nossa base de clientes de FII é muito grande, temos mais clientes, em termos de quantidade, com fundos imobiliários do que na renda variável”.
Segundo Goldberg, o segmento de imobiliários é menor em relação às ações. “Isso tem algumas consequências, como um prêmio mais baixo para uma opção. Naturalmente, quanto menos oscilar, o preço nominalmente fica menor [comparado ao mercado de ações]”.
Nesse sentido, Carramilho acrescentou que isso pode fazer o produto ser atrativo.
“Tanto os clientes pessoa física quanto os institucionais vão enxergar um seguro nominal mais barato em relação ao principal que está protegendo contra algum grande problema”, destacou.
A distribuição de opções de FIIs será feita, em uma primeira fase, por meio de assessorias de investimento.
“Nesse mundo de derivativos, entendemos ser necessária uma assessoria mínima para que o cliente pessoa física consiga entender o que está adquirindo”, explicou Carramilho.
XP: taxação das compras internacionais é positiva
A XP viu o anúncio da aprovação da Câmara dos Deputados, referente ao encerramento da isenção de imposto para remessas internacionais de até US$ 50, como positivo.
Segundo a XP, as maiores beneficiadas seriam as varejistas de vestuário de média renda, como C&A (CEAB3), Guararapes (GUAR3) e Lojas Renner (LRNE3), além de players do comércio eletrônico como Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3).
Contudo, a companhia aponta que o novo imposto de 20% sobre compras internacionais ainda não é suficiente para encerrar a lacuna em relação aos players locais, considerando que o IDV (Instituto de Desenvolvimento do Varejo) defendeu uma alíquota de importação de 60%.