O empresário Nelson Tanure planeja apresentar nesta segunda-feira (10) uma nova proposta financeira visando uma fusão entre sua empresa Alliança (antiga Alliar), uma rede de medicina diagnóstica adquirida por ele em 2022, e o Grupo Dasa (ASA3), que é controlado pela família Godoy Bueno, ex-proprietária da Amil.
As informações pertencem à coluna de Lauro Jardim, do O Globo, prublicada na manhã desta segunda-feira (10).
Nelson Tanure, que perdeu a Amil para José Seripieri Filho (Junior) nos minutos finais de uma acirrada disputa, busca não enfrentar mais uma derrota no setor de saúde para o mesmo rival.
Ambos apresentaram propostas para fundir suas empresas com a divisão de hospitais da Dasa. Tanure está no páreo com a Alliança, enquanto Junior está na corrida com a Amil.
No entanto, Tanure renovou seus esforços ontem. Informou ao BTG, que possui o mandato da Dasa (DASA3) para o negócio, que fará uma nova proposta entre hoje e amanhã.
Hoje, Henrique Grossi, membro do conselho de administração da Dasa e da família controladora da empresa, chega a São Paulo. Vindo de Londres, onde reside, Grossi aterrissa no Brasil para concluir a negociação.
Fusão entre Dasa (DASA3) e Amil (AMIL3) entra em reta final
Em um cenário marcado por diversas transações e mudanças no setor, Amil e Dasa (DASA3) discutiram a possibilidade de unirem seus hospitais.
Cada uma possui cerca de 12 hospitais de marcas renomadas, como Nove de Julho, Samaritano, Pró-Cardíaco, Santa Paula, Leforte, entre outras, espalhados por várias regiões do país, conforme apurou o Valor.
Fontes informam que a iniciativa da conversa veio da Amil, e agora a proposta está sendo avaliada pela Dasa, que busca diversas formas de melhorar sua eficiência operacional e reduzir seu endividamento.
Na semana passada, a família Bueno, controladora da Dasa, injetou R$ 1,5 bilhão na empresa.
Essa negociação está ligada a um aumento de capital e à venda de um ativo no valor mínimo de R$ 2,5 bilhões até o final do ano.
A Dasa está em discussões para vender uma participação minoritária de seu negócio de medicina diagnóstica para um grupo estrangeiro do mesmo setor.
A conversa entre as duas empresas tem sido informal, sem a participação de bancos ou escritórios de advocacia. Tanto a Dasa quanto a Amil têm recebido várias propostas de diferentes interessados.
Ambas estão passando por reestruturações e possuem ativos atrativos, o que as torna constantemente alvo de interesse.
A potencial fusão dos hospitais de Amil e Dasa ocorre em um momento de grande movimentação no setor.
No início do mês, Rede D’Or e Bradesco Seguros se uniram para criar uma nova operação que será lançada no segundo semestre, com três unidades da marca São Luiz, exigindo um investimento de R$ 1,1 bilhão.