O volume diário de transações realizadas pelo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, o Pix, atingiu um novo recorde na última sexta-feira (7).
Segundo a autoridade monetária, foram registradas 206,8 milhões de transações em um único dia. Em termos de valor, foram movimentados R$ 90,9 bilhões no mesmo dia, estabelecendo um novo recorde.
Considerando o movimento de quinta-feira, pela primeira vez foram realizadas mais de 400 milhões de transações via Pix em um intervalo de 48 horas.
O recorde anterior foi registrado em 5 de abril deste ano, com 201,6 milhões de transações.
“Os números são mais uma demonstração da importância do Pix como infraestrutura digital pública, para a promoção da inclusão financeira, da inovação e da concorrência na prestação de serviços de pagamentos no Brasil“, diz o BC em nota.
Pix offline: analista diz que é possível chegar ao Brasil
O chamado “Pix offline” é uma modalidade de pagamento instantâneo sem a necessidade de uso da internet — exatamente como o nome sugere. Recentemente, o BC (Banco Central) da Índia anunciou que está trabalhando para disponibilizar a modalidade de pagamento com sua moeda digital.
Com essa novidade no radar e a constante evolução dos métodos de pagamento que existem no Brasil — principalmente em relação ao Pix, no qual o país é pioneiro —, levantou-se a questão: e se a moda pega no Brasil?
Para Rodrigo Negrini, especialista em finanças e CEO da Soul Capital, a implementação do Pix offline como método de pagamento nacional é perfeitamente possível.
“A questão desse tipo de negócio é a tecnologia envolvida para dar segurança tanto às pessoas físicas quanto às jurídicas que a usam”, comentou ele.
Segundo Negrini, as instituições financeiras precisarão custodiar o valor a ser transferido, garantindo a integração com os diversos meios de pagamento. Ele disse que o movimento tornaria a operação viável.
“O Brasil se bancarizou e se digitalizou bastante, principalmente no período da pandemia, o que facilitaria sua implementação. De toda forma, o Brasil é um país com tecnologia bancária avançada e pode superar o desafio da adaptação dos sistemas”, acrescentou o especialista.