O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), desacelerou de 0,64% para 0,57% entre a primeira e a segunda quadrissemana de junho.
No acumulado de 12 meses, a variação reduziu de 4,07% para 3,99% no período.
Nesta leitura, houve desaceleração em seis das oito classes de despesas que compõem o indicador, com destaque para Educação, leitura e recreação (de 0,47% para 0,07%), impulsionado pela queda nas tarifas aéreas (de 3,14% para 0,34%).
Também apresentaram desaceleração os setores de Transportes (de 0,49% para 0,36%), Comunicação (de 0,43% para 0,32%), Habitação (de 0,56% para 0,48%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,79% para 0,73%) e Vestuário (de -0,06% para -0,07%).
Por outro lado, registraram aumento os setores de Alimentação (de 1,05% para 1,14%) e Despesas Diversas (de 0,38% para 0,51%).
Influências no IPC-S
As maiores influências de queda no IPC-S da segunda quadrissemana do mês vieram de: banana-prata (-10,56% para -8,96%); mamão papaya (-0,73% para -4,70%); laranja-pera (-6,08% para -6,02%); banana-nanica (-5,65% para -5,13%); e feijão-preto (-7,07% para -7,53%).
As maiores influências positivas vieram da batata-inglesa, que passou de 24,79% para 25,35%, do leite tipo longa vida, que aumentou de 6,38% para 7,89%, da taxa de água e esgoto, que reduziu de 2,28% para 2,17%, da gasolina, que diminuiu de 0,94% para 0,76%, e do aluguel residencial, que caiu de 1,35% para 0,93%.
IGP-10 desacelera para 0,83% em junho
O IGP-10 (Índice Geral de Preços – 10) desalecerou para 0,83% em junho, após alta de de 1,08% em abril, informou a FGV (Fundação Getúlio Vargas) nesta segunda-feira (17).
Com esse resultado, o índice acumula alta de 1,18% no ano e de 1,79% em 12 meses. No mesmo período do ano passado, o IGP-10 caíra 2,20% no mês e acumulava queda de 6,31% em 12 meses.
No mês de junho, o IPA (Índice de Preços ao Produtos Amplo) teve alta de 0,88%, suavizando o movimento quando comparado à taxa registrada no mês anterior, de 1,34%.
Três alimentos importantes se destacaram entre as maiores influências do IPA: batata-inglesa, carne bovina e leite in natura. André Braz, economista do FGV/Ibre, destacou em nota que o índice ao produtor antecipa os impactos que chegarão ao consumidor.
“Observando os produtos e serviços que mais impulsionaram a inflação ao consumidor, destacaram-se alguns preços monitorados, como a taxa de água e esgoto e a gasolina. No entanto, não por coincidência, também apareceram leite e batata-inglesa, como indicado no índice ao produtor”, apontou.