A Jequiti Cosméticos, criada em 2006 pelo Grupo Silvio Santos, está prestes a concluir a venda de uma parte significativa de suas ações para a Cimed Farmacêutica.
Embora o valor exato ainda não tenha sido determinado, espera-se que o acordo seja finalizado nas próximas semanas, com a farmacêutica adquirindo entre 50% e 70% das ações da empresa de cosméticos.
Informações de fontes ligadas à negociação indicam que a conclusão da compra depende da Cimed obter o controle total da empresa.
Com planos de expansão através de aquisições desde o ano passado, a empresa liderada por João Adibe Marques tem como estratégia adentrar no segmento de perfumes e maquiagem para sustentar seu crescimento.
Em 2023, a farmacêutica registrou receitas de R$ 3 bilhões e um lucro de R$ 248 milhões.
Em uma entrevista à revista EXAME de maio, João Adibe mencionou seu interesse em explorar mais o canal de vendas diretas, incluindo o tradicional método porta a porta.
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Com um caixa de R$ 600 milhões após uma emissão de debêntures anunciada no início de maio, o CEO revelou que sua aposta para o último trimestre de 2024 será a venda porta a porta de perfumes e maquiagem, utilizando as farmácias como pontos de distribuição para vendas diretas aos consumidores finais.
A marca de cosméticos, que já possui cerca de 18 anos de existência, oferece mais de 500 produtos, com lançamentos mensais. A linha abrange perfumaria, maquiagem e cuidados diários. Um destaque da marca é sua extensa rede de consultoras, que ultrapassa 260 mil em todo o país.
O mercado de vendas diretas, conforme dados da Associação Brasileira de Venda Direta (ABDV), emprega uma significativa quantidade de empreendedores independentes, estimada em mais de 3,5 milhões de profissionais atualmente. No Brasil, esse setor é amplamente reconhecido pelas revendedoras que representam grandes marcas, tais como Natura, O Boticário, Avon e Jequiti.
“Trabalhamos em um negócio muito complexo”, diz CCO da Cimed
O CCO da Cimed, Erich Shibata, participou do G4 Day, evento promovido pelo G4 Educação nesta terça-feira (26), em São Paulo. No painel “CMO Talk”, o executivo reconheceu estar em um “negócio muito complexo” e, por isso, a farmacêutica tomou a decisão de usar o CEO, João Adibe, como rosto da marca.
“Trabalhamos em um negócio muito complexo. Eu preciso provar que meu remédio é bom, então tomamos a decisão de colocar alguém [como rosto da marca] que dê a cara a tapa, porque se o remédio for ruim, vão saber a quem reclamar. Decidimos, em um determinado momento, tirar vários influenciadores que tínhamos, e focar no João Adibe. Ele evoluiu muito nos últimos cinco anos e, para mim, é o melhor cara por estar engajado no negócio”, avaliou Shibata ao BP Money.
Conhecida por sua marca e sua cor amarela, a Cimed passou por esse processo de transição há cinco anos, justamente quando Shibata e Adibe passaram a comandar a farmacêutica.
