Sem planos de liderar autarquia

Mantega descarta assumir o Banco Central

O futuro de Mantega deve ser em uma posição no conselho de administração da Braskem

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ex-ministro Guido Mantega demonstrou surpresa com os rumores que circularam na última quarta-feira (19) no mercado, sugerindo que ele assumiria a presidência do Banco Central no final do ano.

Mantega comentou com pessoas próximas que nunca se candidatou ao cargo e que seu nome não foi mencionado por Lula. As informações pertencem à Coluna de Lauro Jardim, de “O Globo”. 

Após as recentes críticas do presidente da República à política monetária e ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na véspera da decisão do Copom, surgiram especulações sobre possíveis candidatos para liderar a instituição no próximo ano.

Durante uma entrevista à Rádio CBN na última terça-feira (18), Lula mencionou que seu indicado para o Banco Central seria uma pessoa “madura” e “calejada.” 

Esse comentário causou dúvidas entre os agentes do mercado sobre a candidatura de Gabriel Galípolo, de 42 anos, considerado o principal cotado para o cargo. As palavras de Lula foram interpretadas como um possível enfraquecimento da posição de Galípolo na disputa pela presidência do BC.

A partir desse descarte de nome nas bolsas de apostas, o economista Guido Mantega, de 75 anos teria sido fortemente considerado, agora também negado.

Ainda segundo a coluna, o futuro de Mantega será uma posição no conselho de administração da Braskem, onde será indicado pela Petrobras.

Sai Mantega, outros nomes seguem no radar

Enquanto isso, outros nomes tem circulado na lista de possíveis sucessores de Campos Neto. Dentre eles, circulam nomes como o do ex-diretor do BC Luiz Awazu, de 67 anos; o do ex-ministro Guido Mantega, de 75 anos; e o do atual presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, de 70 anos.

Outros nomes especulados por agentes de mercado incluem o economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato Barbosa, de 45 anos, e o economista André Lara Resende, de 73 anos. Resende tem um histórico significativo, tendo sido diretor do Banco Central, presidente do BNDES e membro da equipe que criou o Plano Real.