O iFood, controlado pela empresa de investimentos holandesa Prosus, prevê um crescimento de mais de 50% na receita de sua divisão financeira para o ano fiscal de 2025, alcançando R$ 1 bilhão.
Para o ano fiscal de 2024, que se encerrou em março, a receita dos negócios financeiros do iFood, agora denominados iFood Pago, está prevista para alcançar R$ 658 milhões, conforme anunciado pela companhia.
O resultado será divulgado ainda neste mês.
A empresa realiza mais de 80 milhões de entregas por mês na maior economia da América Latina e também fornece serviços financeiros, como crédito e contas digitais, para restaurantes que vendem em sua plataforma.
“Temos a missão de ser o banco da alimentação”, disse Bruno Henriques, presidente do iFood Pago, em comunicado.
O iFood também começou a testar a oferta de maquininhas de pagamento para restaurantes, com planos de distribuir cerca de 5 mil terminais nos próximos meses. A meta é que aproximadamente 20 mil restaurantes estejam utilizando essas maquininhas até março de 2025.
Criado em 2011, o iFood registrou uma receita total de R$ 7,1 bilhões durante o ano fiscal de 2023, conforme divulgado pela Prosus, sua controladora.
Em 2022, a Prosus, uma empresa de tecnologia, adquiriu o controle total do iFood ao comprar os 33% da participação que pertenciam à Just Eat Takeaway, uma empresa europeia de entrega de alimentos. A transação envolveu um pagamento inicial de 1,5 bilhão de euros.
iFood espera crescer com máquina própria de cartão
O mercado foi surpreendido pela mudança na liderança do iFood, com Diego Barreto ocupando a presidência da empresa no lugar de Fabricio Bloisi, que agora irá assumir a frente da holding de tecnologia holandesa Prosus, detentora do aplicativo de entrega.
Mas, para Barreto, até o momento diretor financeiro e vice-presidente de estratégia do iFood, a transição não foi inesperada. “Lá atrás, o Fabricio me avisou que possivelmente eu seria seu sucessor e que iria trabalhar para sanar os meus eventuais ‘gaps’”, disse ele, de acordo com o “Valor”.
Barreto declarou que sabia que a nova posição viria acompanhada de desafios, como o de manter o forte ritmo de crescimento da empresa. Até o fim de 2023, as vendas por mês no aplicativo estavam em torno de R$ 5 bilhões.
Já em 2024, esse número disparou para R$ 6 bilhões. O dado corresponde a um faturamento anualizado de aproximadamente R$ 72 bilhões. “A receita para esse avanço foi inovar, sonhando grande”, afirmou.