O governo federal considera que o voto do diretor de política monetária do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, na última decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) foi uma posição estratégica. O diretor seguiu os demais membros do na decisão de manter os juros em 10,50% ao ano.
A equipe econômica, inclusive, já esperava que Galípolo tomasse tal posição no Copom. A visão do governo é que, neste momento, a postura do diretor precisa se mostrar moderada.
Agora, o mercado financeiro não poderá mais dizer que o diretor não é técnico e segue as diretrizes da política econômica, segundo um assessor do governo, de acordo com a “CNN Brasil”.
Enquanto isso, no Palácio do Planalto a interpretação é parecida. O governo vê que é importante que Galípolo acene ao mercado financeiro, caso ele tenha pretensão de assumir o BC.
Além disso, o diretor precisa conquistar o apoio de partidos de centro, visto que a indicação para presidente do BC passa por sabatina no Senado.
Haddad: “Confio nos indicados”, após decisão unânime do CopomRoberto Campos Neto chegará ao fim do mandato em dezembro deste ano. Segundo o veículo de notícias, o entorno do presidente Lula (PT) defende que o nome indicado seja anunciado em agosto, após o recesso parlamentar.
Haddad: “Confio nos indicados”, após decisão unânime do Copom
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou sua confiança nos diretores do Banco Central para determinar o nível da taxa Selic. O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu por unanimidade manter a taxa básica de juros em 10,50% ao ano.
“De novo, tenho confiança nas pessoas indicadas. Acho que vamos seguir o rumo forte da economia. A economia vai crescer, vai gerar emprego”, declarou Haddad a jornalistas enquanto participava do Prêmio Faz Diferença, organizado pelo jornal O Globo, no Rio.
Todos os diretores do Banco Central, incluindo os quatro indicados pelo atual governo, seguiram a liderança do presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, e optaram por manter a taxa de 10,50%.
Apesar das críticas elevadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra Roberto Campos Neto na véspera do anúncio, o Copom optou por uma decisão unânime em manter a taxa. Na reunião de maio, houve divisões entre os membros do colegiado.
“Se eu falar sobre isso, vai ser depois da ata, como eu tenho feito nas últimas ocasiões. Vou ler o comunicado com calma”, disse.