Copom

Alckmin diz que Selic está ‘exagerada’, mas vê tendência de queda

Segundo Alckmin, ficará “claro nos próximos meses” o compromisso do governo federal com o “rigor” de natureza fiscal

Foto: Alckmin / Agência Brasil
Foto: Alckmin / Agência Brasil

O vice-presidente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), disse nesta sexta-feira (21) que considera alto o atual nível da Selic (taxa básica de juros), classificando a taxa de 10,5% ao ano como “exagerada”.

“Com inflação de pouco mais de 3,5%, estamos falando de 7% de juros real, é muito”, declarou Alckmin, de acordo com o “Suno”. Além disso, ele também acrescentou sua avaliação de que a tendência é de queda da Selic, atualmente muito impactada pelas taxas norte-americanas e pela questão fiscal no Brasil.

Segundo Alckmin, ficará “claro nos próximos meses” o compromisso do governo federal com o “rigor” de natureza fiscal.

Após o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) decidir manter, na quarta-feira (19), por decisão unânime, a Selic em 10,5% ao ano, Alckmin já havia realizado essa análise. Ele foi questionado novamente sobre o tema durante a visita à fábrica da Scania em São Bernardo do Campo.

Alckmin: governo trabalhará por eficiência do gasto público

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, declarou que o governo federal trabalhará pela eficiência do gasto público, seguindo pela frente de arrecadação e também pelas despesas. 

Alckmin também elogiou o trabalho de Fernando Haddad (PT), como ministro da Fazenda. “O ministro Fernando Haddad tem feito um bom trabalho e o governo brasileiro é um governo do diálogo”, disse ele, após participação no FII Priority Summit, encontro internacional de líderes e executivos.

“Tenho certeza que vai ser um esforço para melhorar a arrecadação e, do outro lado, para buscar melhor eficiência do gasto público, ou seja, trabalhar também pelo lado da despesa”, prosseguiu Alckmin.