Atenção ao desemprego

Fed: inflação não é o único risco nos EUA, diz dirigente

Mary Daly, presidente do Fed de São Francisco, indicou o desemprego como um dos pontos de atenção do banco

Foto: Unsplash / Fed de São Francisco
Foto: Unsplash / Fed de São Francisco

Na tentativa de concluir a tarefa de levar a inflação à meta, o Fed (Federal Reserve) deve “demonstrar cuidado”, disse Mary Daly, presidente da autarquia de São Francisco, nesta segunda-feira (24). Ela também apontou o desemprego como um risco cada vez maior.

“Devemos continuar o trabalho de restaurar totalmente a estabilidade de preços sem uma ruptura dolorosa na economia”, durante o Commonwealth Club. A dirigente do Fed prosseguiu afirmando que, mesmo que haja “mais trabalho a fazer” para reduzir a inflação, a alta dos preços “não é o único risco que enfrentamos”.

Baixar ainda mais a inflação provavelmente exigirá a contenção da demanda, e apesar de, até agora, a taxa de desemprego seguir abaixo dos níveis sustentáveis de longo prazo “a futura desaceleração do mercado de trabalho pode se traduzir em maior desemprego”, disse ela, de acordo com o “InfoMoney”. 

O Fed deve se manter “vigilante e aberto” para evitar tal cenário, declarou Daly. Na decisão da política monetária divulgada este mês, o banco manteve os juros entre 5,25% a 5,50% ao ano, patamar que ocupa desde julho de 2023. 

Para Daly, nesse momento a política monetária deve ser “condicional” e estar pronta para qualquer um dos vários caminhos possíveis, incluindo seguir com os juros no nível atual por mais tempo, se a inflação decepcionar, ou cortá-los se o mercado relaxar mais que o esperado.

“Se continuarmos a observar quedas graduais na inflação e um reequilíbrio lento no mercado de trabalho, poderemos normalizar a política monetária ao longo do tempo, como muitos esperam”, comentou a dirigente do Fed.

Fed: dirigente espera que inflação retorne à meta de 2% 

Neel Kashkari, dirigente da distrital do Fed (Federal Reserve) de Mineápolis, expressou sua opinião nesta quinta-feira (20), afirmando que acredita ser necessário “um período de um a dois anos” para que a inflação retorne à meta de 2%.

Durante sua participação na Convenção da Associação dos Banqueiros de Michigan, Kashkari destacou os esforços do Fed para controlar o ritmo da inflação, apesar do vigoroso crescimento econômico.

Ele também mencionou que o aumento dos salários ainda persiste, representando um desafio para alcançar a meta de inflação.