Expansão de investimentos

BTG (BPAC11) quer triplicar aportes na Europa para €$ 1 bi

A estratégia do BTG era servir clientes brasileiros ricos que residiam no continente europeu, mas o banco já visa novas ofertas de serviços

BTG Pactual
BTG Pactual / Foto: Divulgação

Considerado o maior banco de investimentos independente da América Latina, o BTG Pactual (BPAC11) tem planos para triplicar os investimentos em imóveis na Europa, chegando a aproximadamente €$ 1 bilhão no período de 2 a 3 anos. 

O patrimônio do BTG em gestão na Europa já é avaliado em quase €$ 6 bilhões. No decorrer dos últimos anos o banco projetou fundos para aquisição de hóteis históricos em Portugal, mas seus aportes no país também estão ligados a shopping centers, integrando a estratégia de renová-los e vendê-los ao longo de 5 anos.

“O banco atrai muitas ofertas de investimento, mais de 150 desde que começamos a planejar a compra de propriedades na Europa durante a pandemia”, disse Michel Wurman, sócio responsável pelo investimento imobiliário do BTG, segundo o “Valor”.

“Estamos aproveitando essas oportunidades”, prosseguiu ele.

Inicialmente, a estratégia do BTG era servir clientes brasileiros ricos que residiam no continente europeu, porém, o novo plano visa oferecer serviços de private banking, wealth management e investimento imobiliário a outros latino-americanos e europeus.

Com escritórios nas cidades de Londres, Lisboa e Madri, o banco de investimentos está em processo de construção de uma outra unidade em Luxemburgo.

BTG (BPAC11) quer expandir operações de Portugal para a Espanha

Para as propriedades raras e muito procuradas, conhecidas como “ativos-troféu”, a intenção do BTG é ser oportunista e rápido na oferta de dinheiro imediato, segundo Rui Ruivo, sócio do banco em Portugal. 

Até então, os 3 fundos de investimento imobiliário do BTG tem o total de 320 milhões de euros investidos em Portugal, rendendo de 10% a 20% ao ano. 

De acordo com Wurman, a instituição seguirá comprando imóveis lá [Portugal] e expandirá também para a Espanha, com foco inicial em logística. 

“A gente descobriu que tem um ‘sweet spot’ entre 50 milhões e 150 milhões de euros em investimentos para projetos, uma vez que geralmente são grandes demais para a pessoa física ter escala para comprar, e ao mesmo tempo não têm tamanho para atrair fundos globais internacionais”, disse Wurman.

O BTG quer comprar de 2 a 3 novos projetos por ano para os clientes de private banking, outros family offices e sócios do banco.