Mercado externo

Vale (VALE3) retoma emissão de títulos internacionais por US$ 1 bi

A subsidiária da companhia no Rio de Janeiro, Vale Overseas Ltd, fez uma oferta de US$ 1 bilhão em novos títulos em dólar, segundo a "Bloomberg"

Vale (VALE3)
Vale (VALE3) / Foto: Divulgação

Em um cenário de recompra da sua dívida, a Vale (VALE3), maior mineradora do Brasil, retomou as emissões de títulos nos mercados internacionais pela primeira vez em 1 ano. 

A subsidiária da companhia no Rio de Janeiro, Vale Overseas Ltd, fez uma oferta de US$ 1 bilhão em novos títulos em dólar, estes que devem vencer em 30 anos a um spread de 210 pontos-base sobre títulos parecidos dos Treasuries – Tesouro dos EUA – segundo a “Bloomberg”.

Ao fim das negociações, o rendimento terminou sendo mais apertado que o preço de aproximadamente 250 pontos-base, disseram fontes ao veículo de notícias.  

A proposta da Vale foi de recompra de até US$ 500 milhões de títulos convencimento em 2034, 2036 e 2039 por dinheiro, conforme comunicado da empresa divulgado nesta terça-feira (25). 

A transação está sujeita à conclusão de uma oferta de títulos da Vale Overseas, afirmou a mineradora.

A última emissão feita pela Vale nos mercados globais foi em junho de 2023, com venda de US$ 1,5 bilhão em títulos para vencer em 2033. Comparado aos ganhos de 2,7% para os títulos de mercados emergentes, os títulos da empresa levaram perda de 1% aos investidores, segundo a “Bloomberg”.

Vale (VALE3) deve gastar até US$ 3,3 bi para ampliar produção

As melhorias em operações de mineração no Brasil e no Canadá, visando a ampliação da capacidade de produção de cobre e níquel, da Vale (VALE3) prevê gastos em cerca de US$ 3,3 bilhões. 

Na avaliação da Vale, há potencial para expansão da capacidade de produção em torno de 500 mil toneladas de cobre até 2028.  O principal meio seria pela melhoria nas minas de Salobo e Sossego, no Brasil, segundo estima sua unidade de metais básicos. 

A produção de cobre da mineradora, em 2023, chegou a 321.000 toneladas. A expectativa é que a atividade com o níquel também cresça, de acordo com a “Bloomberg”.

No plano apresentado por Mark Cutifani – presidente do conselho da unidade de metais básicos da Vale – nesta quinta-feira (20), estão previstos bilhões de dólares em iniciativas de despesas de capital.

Além de aumentar a produção, o objetivo é reduzir custos nas minas de níquel e cobre, bem como nas plantas de processamento.