Faria Lima ameaçada?

Bolsa do RJ de volta? Vereadores aprovam PL de incentivo

A proposta do PL é de diminuir o ISS (Imposto Sobre Serviços) de 5% para 2% sobre os trabalhos da Bolsa

Foto: Unsplash
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“Faria Lima, a festa está acabando”, comemorou Eduardo Paes (PSD-RJ), prefeito do Rio de Janeiro, em vídeo publicado no X (antigo Twitter). A razão da declaração foi o fato da Câmara Municipal ter aprovado o Projeto de Lei que permite mudanças no Código Tributário da cidade, visando incentivar a instalação de uma nova Bolsa de Valores no local.

Paes enviou proposta à Câmara do Rio de Janeiro no começo de junho. Segundo ele, a intenção é deixar a recriação da Bolsa de Valores do município mais fácil. O negócio encerrou as atividades há cerca de 25 anos atrás, depois de escândalos financeiros relacionados a Naji Nahas, mega-investidor da época.

O prefeito seguiu brincando nas redes sociais, e comentou “E o beach tennis aqui é na praia de verdade hein…Ah! E prometo não mandar um Nagi Nahas [sic] para aí!”.

A proposta do PL é de diminuir o ISS (Imposto Sobre Serviços) de 5% para 2% para os trabalhos da Bolsa, de acordo com o “Valor”.

B3: Bolsa rival carioca não tem chance no mercado

Dividir os ‘holofotes’ não tem sido uma preocupação para os negócios da B3 (B3SA3)Bolsa de Valores brasileira, há cerca de 25 anos. No entanto, a velha rivalidade entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro pode trazer de volta uma antiga concorrente no mercado financeiro. 

Na semana passada, o secretário de desenvolvimento urbano e econômico municipal do Rio de Janeiro, afirmou que a empresa ATG tem estudado uma reabertura da Bolsa na capital do estado, para concorrer com a B3.

A Bolsa carioca encerrou as operações em 2000. A possibilidade de levar a rivalidade a outros campos – além do futebol e da cultura – seria interessante, mas improvável, disseram especialistas ao BP Money.

“Toda concorrência é bem-vinda, inclusive à B3, mas nos mesmos produtos, e, considerando-se a intensidade do capital investido necessário, não será agora que veremos [uma nova Bolsa]”, avaliou Ricardo Martins, economista chefe da Planner Investimentos.