O interesse de apenas um acionista estratégico na Sabesp (SBSP3) deve representar um menor valor para os seus papéis na oferta, mas a qualidade do acionista de referência, a Equatorial, leva à expectativa de que, no futuro, a companhia pode ser negociada com relevante prêmio frente à sua base de ativos regulatórios.
A afirmativa sobre a Sabesp (SBSP3) veio da corretora Ativa Investimentos.
Segundo a corretora, o processo de decisão do acionista de referência permite ao segundo colocado igualar o valor proposto na oferta vencedora.
Isso não ocorrerá a partir do momento em que apenas a Equatorial entregou os documentos. Com isso, segundo o “Valor”, resta saber qual o preço que a organização se dispôs a pagar pela Sabesp.
Tanure dispensa fatia da Sabesp (SBSP3) em processo de privatização
O empresário Nelson Tanure optou por não participar da disputa pela Sabesp (SBSP3). Embora tenha considerado a possibilidade de se associar a um dos consórcios envolvidos no processo de privatização da companhia, ele desistiu devido ao alto nível de risco percebido no negócio.
Uma parcela significativa, cerca de 30%, da água fornecida pela Sabesp é proveniente da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), adquirida pelo fundo Phoenix, do qual Tanure é um dos principais investidores.
Estima-se que o valor pago corresponda a aproximadamente 10% do valor de mercado. A Sabesp abrange a maioria dos municípios de São Paulo, o que traz uma complexidade adicional ao processo de venda, considerando os diversos interessados que podem questioná-lo.
Além disso, questões como o tratamento de esgoto e a coleta ainda não estão universalizados, algo que Tanure busca em seus empreendimentos: negócios abrangentes e completos.
Tanure havia demonstrado interesse na disputa pela Sabesp (SBSP3)
O olhar do empresário está na sinergia com a Emae (EMAE4), arrematada por ele em abril deste ano, no primeiro leilão do governo de Tarcísio de Freitas.
O que tem pesado conta, segundo as fontes, são as “condições pouco usuais do leilão” e “forte oposição política”.
Dada a necessidade de funding, dado o valor que precisará ser desembolsado caso saia vencedor, o comentário nos bastidores é de que poderá ser costurado um consórcio com o braço de investimentos do BNDES, o BNDESPar.