Abertura do mercado

Ibovespa abre em alta com Lula e Campos Neto no radar; dólar cai

Índices futuros dos EUA caem à espera do relatório Jolts e de Powell

Ibovespa
Ibovespa / Foto: Pixabay

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, iniciou pregão desta terça-feira (2) em alta, na contramão do exterior, com Lula e Campos Neto no radar.

Por volta das 10h20 (horário de Brasília) o índice apresentava uma alta de 0,13%, aos 124.892 pontos.

Já o dólar comercial seguia uma performance contrária ao índice, quando recuava 0,06%, mantendo a faixa de cotação: R$ 5,67.

Ceara política segue no radar do Ibovespa

O índice opera em desacordo com a cautela do mercado externo, refletindo a expectativa por dados de emprego dos EUA. Enquanto isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltam a se pronunciar.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, discursará no fórum do Banco Central Europeu (BCE) às 10h30 (horário de Brasília). Mais cedo, às 8h, Lula concedeu uma entrevista à Rádio Sociedade durante sua agenda na Bahia e em Pernambuco.

Ele destacou a necessidade de “fazer algo” em relação à valorização do dólar frente ao real, mas evitou detalhar medidas específicas “para não alertar os adversários”.

EUA

Os principais índices acionários dos EUA fecharam em alta no início do segundo semestre de 2024, impulsionados principalmente pelas ações de tecnologia.

O Nasdaq, voltado para a tecnologia, avançou 0,83%, atingindo um novo recorde. O S&P 500 subiu 0,27%, enquanto o Dow Jones teve um ganho modesto de 0,13%.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -0,31%

S&P 500 Futuro: -0,36%

Nasdaq Futuro: -0,45%

Bolsas asiáticas

As bolsas asiáticas também fecharam majoritariamente em alta, com destaque para os ganhos no Japão e em Hong Kong.

O índice MSCI AC Asia Pacific alcançou seu maior nível desde o final de maio, impulsionado pelo rali nas ações de fabricantes de veículos elétricos e empresas imobiliárias listadas em Hong Kong.

No Japão, o índice de ações se aproximou de um recorde histórico, apoiado por ganhos no setor financeiro devido às expectativas de taxas de empréstimo mais altas.

Os rendimentos dos títulos de 10 anos continuaram a subir acima de 1%, refletindo apostas de que o banco central aumentará as taxas de juros.

Shanghai SE (China), +0,08%

Nikkei (Japão): +1,12%

Hang Seng Index (Hong Kong): +0,29%

Kospi (Coreia do Sul): -0,84%

ASX 200 (Austrália): -0,42%

Bolsas europeias

Na Europa, as bolsas operam em baixa generalizada. Os formuladores de políticas indicaram a necessidade de mais evidências de que as pressões inflacionárias estão diminuindo antes de considerar outro corte nas taxas de juros.

Em termos de dados econômicos, a inflação na zona do euro caiu para 2,5% em junho, conforme esperado pelos economistas consultados pela Reuters. Em maio, a inflação havia subido para 2,6%.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,48%

DAX (Alemanha): -1,27%

CAC 40 (França): -0,59%

FTSE MIB (Itália): -0,81%

STOXX 600: -0,75

Radar corporativo que movimenta o Ibovespa

A atual administração da Americanas (AMER3)pretende aproveitar a próxima assembleia-geral de acionistas para incluir um item adicional na pauta, visando obter autorização para processar os responsáveis pela fraude bilionária ocorrida na empresa.

A Azzas 2154, fruto da fusão entre Arezzo (ARZZ3) e Grupo Soma (SOMA3) , está prestes a apresentar um conselho de administração repleto de pesos-pesados. 

JPMorgan alterou a recomendação de M.Dias Branco (MDIA3) de overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente a compra) para neutro.