Privatização

Sabesp (SBSP3): oferta de ações atrai R$ 30 bi em demanda

Espera-se que, em conjunto, os investidores interessados comprem uma fatia de 17% na Sabesp, segundo apuração da "Bloomberg"

Sabesp (SBSP3): privatização acontecerá em duas etapas
Sabesp (SBSP3) / Divulgação

Na expectativa de que a oferta seja a maior da América Latina em 2024, fontes afirmaram que investidores já sinalizam interesse em comprar mais de R$ 30 bilhões em ações da Sabesp (SBSP3), mais do que está disponível hoje, segundo apuração da “Bloomberg”.

A estimativa é que esses investidores adquiram, em conjunto, uma fatia de 17% na Sabesp. O envio de propostas já começou, ao passo que o grupo disputa uma participação em torno de R$ 8 bilhões na companhia, segundo as fontes.

A única a apresentar uma proposta pela empresa foi a Equatorial (EQTL3), em um negócio de R$ 6,9 bilhões, cerca de R$ 67 por ação, visando a compra de 15% de participação, na fase reservada a investidores estratégicos. Sendo assim, a empresa deve ser a acionista de referência da Sabesp. 

As demais ofertas podem ser de preço igual ou inferior a esse. Por conta da grande demanda, é provável que a transação saia ao preço proposto pela Equatorial, segundo o veículo de notícias.

Uma participação conjunta de 32% deve ser vendida pelo governo do Estado de São Paulo, deixando, efetivamente, o controle da companhia de saneamento básico da cidade, conforme a transação finalizar.

O valor de venda dos papéis do governo na Sabesp deve ser definido no dia 18 de julho. Levando em conta o lote e o preço da proposta da Equatorial, a oferta deve levantar até R$ 15 bilhões. 

Sabesp (SBSP3) tem maior ordem individual em oferta pública na B3

A privatização da Sabesp (SBSP3) ainda não foi concluída, mas já estabeleceu um recorde no mercado de capitais brasileiro. A venda da companhia de saneamento de São Paulo registrou a maior ordem individual em valor absoluto em uma oferta pública no Brasil.

Equatorial ofereceu R$ 6,9 bilhões por 15% da empresa de saneamento. O recorde, no entanto, não deveria ser uma surpresa.

Há uma justificativa para isso: a operação foi planejada para incluir uma grande ordem, representada pelo investidor de referência. Esse modelo ainda não havia sido utilizado no mercado de ações brasileiro da forma como o governo de São Paulo está implementando.