A permanência da Selic (taxa ásica de juros) em patamares superiores a dois dígitos, somados a retornos majoritariamente abaixo da CDI (Certificado de Depósito Interbancário), auxiliaram no crescimento da saída da indústria de fundos multimercados e investidores nos primeiros meses de 2024.
De janeiro a maio, somente o segmento de investidores pessoas físicas e de clientes de plataformas, por exemplo, houve uma retirada de R$ 49,6 bilhões de fundos. As informações foram divulgadas pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
“É o público que mais consome esse tipo de fundo”, resumiu, de acordo com o “InfoMoney”, Pedro Rudge, diretor da Anbima, durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5).
No acumulado do ano até junho, multimercados de gestão ativa, agrupados no IHFA (Índice de Hedge Funds Anbima), apresentaram, na média, um rendimento de cerca de 0,20%, inferior aos 5,22% do CDI.
CVM inabilita um dos maiores investidores da bolsa por cinco anos
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) decidiu desqualificar Silvio Tini de Araújo, um dos mais proeminentes investidores do mercado de ações brasileiro, por um período de cinco anos.
Durante esse tempo, Araújo estará impedido de ocupar cargos de administração ou de conselho fiscal em empresas públicas ou entidades que necessitem de aprovação da CVM.
A decisão, tomada por unanimidade pelo colegiado, foi anunciada na noite de ontem e está relacionada a um caso de uso de informações privilegiadas envolvendo a Alpargatas em 2017.
Silvio Tini de Araújo detém aproximadamente 10% das ações da Alpargatas, somando suas participações individuais e as da holding Bonsucex.
Além disso, Tini possui investimentos significativos em outras empresas, incluindo Banco Pan, Gerdau, Bombril, e Paranapanema. De acordo com a revista Forbes, sua fortuna é avaliada em cerca de R$ 4 bilhões.
Operadores de corretora são multados por insider trading pela CVM
O executivo que ocupava o cargo de conselheiro e era acionista da fabricante das Havaianas, além de ser cliente do Bradesco, foi acusado de compartilhar, em março daquele ano, informações confidenciais com Caio Galli Carneiro, operador da corretora.
A informação não divulgada publicamente envolvia o projeto de migração da empresa para o Novo Mercado da bolsa.
Carneiro e Júlio César Rossi, ambos funcionários da corretora, foram considerados culpados por insider trading.