O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) prorrogou, nesta terça-feira (9), o prazo de uma investigação iniciada em novembro de 2023 referente as empresas Gol (GOLL4) e Latam.
O órgão regulador estendeu o prazo, com o intuito de apurar possível combinação de preços em passagens aéreas entre as duas companhia aéreas.
Desse modo, o Cade suspeita que tenha ocorrido manipulação por meio de sistemas de emissão de bilhetes pelas empresas Gol e Latam.
Gol (GOLL4): BBI vê mais um mês fraco e antecipa 2T24 sem brilho
A Gol (GOLL4), atualmente em processo de recuperação judicial nos EUA, que viu suas ações caírem 88,5% no acumulado do ano, divulgou na sexta-feira (28) seus números operacionais preliminares de maio de 2024, como parte do processo do Chapter 11 da empresa.
A companhia aérea registrou um prejuízo líquido de R$ 371 milhões em maio, enquanto sua receita líquida totalizou R$ 1,27 bilhão no mesmo mês. A dívida líquida da empresa alcançou R$ 24,4 bilhões no período.
Para o Bradesco BBI, os números não são muito animadores, destacando dois resultados fracos consecutivos e antecipando um segundo trimestre de 2024 (2T24) sem grande destaque.
BBI avalia impactos
A baixa sazonalidade das viagens aéreas no Brasil e as enchentes no Rio Grande do Sul, que interromperam as operações no aeroporto de Porto Alegre (POA), afetaram negativamente a receita em maio. Isso resultou em uma queda mensal de 6% na receita por unidade de capacidade (RASK), que ficou em R$ 0,41.
A margem operacional manteve-se estável, mas a margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações sobre a receita) foi fraca, ficando em apenas 11%.
A redução de 3,4% na capacidade doméstica pode ser parcialmente atribuída às enchentes no aeroporto de Porto Alegre (POA), que representa 5% da capacidade total da Gol.
No entanto, os voos estão sendo redirecionados para aeroportos próximos. O Bradesco BBI destaca que espera a retomada das operações em POA até dezembro de 2024.