Em depoimento ao Congresso nesta terça-feira (9), o presidente do Fed (Federal Reserv), Jerome Powell, disse que dados recentes mostram progressos “modestos” em relação ao alcance da meta de inflação. Powell também destacou que “mais bons dados” reforçariam confiança para corte de juros.
“Após a falta de progresso em direção ao nosso objetivo de inflação de 2% no início deste ano, as leituras mensais mais recentes mostraram progressos adicionais modestos […] mais dados bons fortaleceriam nossa confiança de que a inflação está evoluindo de forma sustentável em direção a 2%”, afirmou Powell.
Segundo o presidente da autoridade monetária, o Fed está agora preocupado com os riscos para o mercado de trabalho e para a economia, caso as taxas permaneçam demasiado altas durante muito tempo.
Jerome Powell classificou o desemprego como um “nível ainda baixo”, mas também observou que “à luz do progresso alcançado tanto na redução da inflação como no arrefecimento do mercado de trabalho nos últimos dois anos, a inflação elevada não é o único risco que enfrentamos”.
O banqueiro central avaliou que afrouxar as condições monetárias “muito pouco ou tarde demais” pode enfraquecer indevidamente a atividade econômica e o emprego.
Por outro lado, reduzir os juros muito cedo ou em demasia pode reverter ou estagnar o progresso da inflação até a meta, disse Powell.
Para o presidente do Fed, os riscos para o cumprimento das metas de inflação e pleno emprego estão mais equilibrados.
Fed: Chance de corte de juros até setembro sobe após payroll
O monitoramento realizado pelo CME Group indicou um aumento na probabilidade de que o Federal Reserve (Fed) reduza os juros até setembro, após a publicação do payroll, relatório mensal de empregos de junho.
O relatório mostrou um crescimento salarial abaixo do previsto e um aumento na taxa de desemprego.
A possibilidade de um corte de juros pelo Fed até setembro aumentou para 77,6%. Logo antes da divulgação dos dados, essa probabilidade estava em 72,6%.
Até dezembro, o cenário mais provável continua sendo um corte de 50 pontos-base, com uma probabilidade de 47,2%, em comparação com 45,3% antes da divulgação do indicador.
Esse cenário é seguido por uma probabilidade de 24,1% para uma redução de 25 pontos-base e uma probabilidade de 24,0% para um corte de 75 pontos-base.