Inflação ao consumidor

CPI dos EUA cai 0,1% em junho, abaixo do esperado

Em 12 meses, a inflação ao consumidor recuou para 3,0%, enquanto o núcleo da inflação teve altas de 0,1% no mês e de 3% na base anual

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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O CPI dos EUA – índice de preços ao consumidor – registrou queda de 0,1% em junho ante maio, informou o Departamento do Trabalho norte-americano nesta quinta-feira (11).

O resultado em 12 meses foi de recuo na inflação ao consumidor de 3,3% para 3,0%. As taxas ficam aquém do esperado pelo consenso LSEG de analistas, que previam alta mensal de 0,1% e 3,1% na base anual.

O núcleo da inflação, que desconsidera as variações de preços de alimentos e energia, teve altas de 0,1% no mês e de 3% na base anual – o menor aumento de 12 meses nesse índice desde abril de 2021.

Segundo os dados, o índice da gasolina caiu 3,8% em junho, depois de ter recuado 3,6% em maio, mais do que compensando um aumento no abrigo. A energia caiu 2%, assim como no mês anterior.

Já os alimentos subiram 0,2% em junho. O índice de alimentação fora de casa aumentou 0,4% no mês, enquanto os alimentos em casa aumentaram 0,1%.

Fed: CPI de maio foi bom, mas apenas um mês, diz Goolsbee

Austin Goolsbee, presidente da distrital do Fed (Federal Reserve) de Chicago, afirmou estar aliviado com o resultado do CPI (índice de preços ao consumidor) de maio, que veio abaixo das estimativas, sem repetir a alta dos meses anteriores.

Para o presidente do Fed de Chicago, o CPI foi “muito bom”, mas foi apenas um mês. “Mais dados como esse precisam ser registrados em mais meses para que tenhamos confiança de que a inflação está caindo para a meta”, disse ele, durante fórum de economia em Iowa.

“Se tivermos mais meses como esse, poderemos cortar os juros”, continuou. O Fed terá mais dados para avaliar um possível corte nos juros até as reuniões de setembro e dezembro.

“Se voltarmos para 2% [de inflação], concordo em discutir sobre mudar a meta, mas não até lá […] O Fed tem a meta de 2% e ela precisa ser respeitada”, indicou Goolsbee, de acordo com o “Valor”.

O avanço da inadimplência na economia dos EUA foi minimizado pelo presidente do Fed de Chicago. Para ele, o fator está crescendo, mas não em um nível que aponte para recessão.

“Se a inflação cair, poderemos cortar os juros e evitar uma recessão”, disse Goolsbee.