Embora Paris tenha sido definida como sede das Olimpíadas de 2024 ainda no ano de 2017, sempre há quem deixe para organizar a viagem de última hora. A falta de planejamento, porém, pode ser sido um ‘tiro no pé’ devido à alta do dólar, que encareceu cerca de 7% a viagem, segundo a Travelex Confidence.
Comparando os primeiro dias de junho e julho, período em que a moeda norte-americana registrou um grande pico de oscilação, o dólar passou de R$ 5,40 (preço de 3/06) para R$ 5,79 (preço de 3/07).
Portanto, uma viagem que custava US$ 1 mil, o equivalente a R$ 5.400 no início de junho, valeria um mês depois os mesmos US$ 1 mil, o que, na conversão, equivaleria a R$ 5.790.
Os valores não consideram taxas administrativas, IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e possíveis aumentos nas tarifas das companhias aéreas e hotéis devido à alta demanda.
A agência de viagens CVC (CVCB3) concedeu ao E-Investidor simulações que demonstram o aumento nos preços das viagens comparadas nas duas primeiras semanas de junho (antes da disparada do dólar) e agora.
Um pacote para o dia 6 de agosto analisado em 11 de julho, por exemplo, com passagem para Paris com bagagem de 23Kg despachada + 4 diárias de hospedagem no Ibis Styles Paris Montmatre, sem café da manhã, sairia a partir de R$ 9.958.
Já o mesmo pacote observado no dia 11 de junho sairia a partir de R$ 9.680. Ou seja, o viajante pagaria 3% a mais na viagem.
Alta do dólar: movimento de queda recente provocou alívio no mercado
A disparada do dólar frente ao real gerou estresse no mercado e em setores do governo. A moeda norte-americana atingiu a sua maior cotação em quase dois anos, fechando a R$ 5,70 no dia 2 de julho.
Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma reunião em Brasília para o dia seguinte (quarta-feira – 3), a fim de discutir medidas contra a especulação que, segundo ele, estaria por trás da alta da moeda.
Somente em junho, o dólar subiu 7,32%. No começo do mês passado, a divisa americana estava cotada a R$ 5,23.
O alívio na taxa de câmbio é um movimento recente. Na última semana, a cotação do dólar registrou uma queda de 0,36%, diante dos anúncios de corte de gastos do governo Lula. No entanto, no acumulado do ano, os números indicam um crescimento de 12,15%.