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WEG (WEGE3) é um hedge natural de dólar, indica Itaú BBA

Cerca de 55% da receita da WEG provém de vendas internacionais, com aproximadamente um quarto dessas exportações saindo do Brasil

WEG (WEGE3)
WEG (WEGE3) (Foto: reprodução)

O Itaú BBA revisou suas projeções para a WEG (WEGE3), mantendo a recomendação Outperform (equivalente a compra). O relatório, elaborado por Daniel Gasparete, destaca a ação como uma opção defensiva em períodos adversos do mercado financeiro brasileiro.

Cerca de 55% da receita da WEG provém de vendas internacionais, com aproximadamente um quarto dessas exportações saindo do Brasil.

Nesse contexto, o BBA explica que a empresa funciona como uma proteção natural contra a desvalorização do real, resultando em receitas robustas, margens mais amplas e um retorno sobre o capital investido (ROIC) mais elevado.

Os papéis podem subir 15% neste ano, com base no preço-alvo de R$ 52,00. Nesta segunda-feira (15), as ações subiam 0,87%, a R$ 46,28, por volta de 10:29 (horário de Brasília).

O banco expressa um otimismo em relação à empresa, fundamentado em três aspectos principais: uma melhoria nas perspectivas de crescimento, lucratividade e custo de capital próprio.

Para o segundo trimestre de 2024 (2T24), o BBA antecipa um aumento na receita, impulsionado pela flutuação do dólar e pelos volumes da empresa. Além disso, prevê também uma melhora na lucratividade.

A margem Ebtida (lucro operacional) está projetada para permanecer constante em 22%, excluindo Regal, segundo a análise da casa. Os resultados do trimestre devem conduzir a revisões positivas nas projeções de lucro da empresa.

Itaú (ITUB4) segue otimista com ações da WEG (WEGE3)

Mesmo após os papéis da WEG (WEGE3) dispararem cerca de 20% desde a última atualização de recomendação, em março, o Itaú (ITUB4) reiterou sua classificação outperform (acima da média do mercado/equivalente a compra) e preço-alvo de R$ 52,00.

A visão otimista do Itaú (ITUB4) se baseia nas expectativas de crescimento, lucratividade e custo de capital.

Conforme o relatório, os resultados do segundo trimestre de 2024 da WEG devem apresentar aceleração da receita — impulsionada pelo câmbio e pelo volume — e forte lucratividade.

Esses fatores, somados a uma reclassificação da indústria graças à IA (inteligência artificial) e sua crescente demanda por consumo de energia, devem seguir dando suporte ao rali da WEG.

Além disso, segundo o “InfoMoney”, os analistas do banco destacaram que o segmento de T&D (Transmissão & Distribuição de energia) externo tem sido o principal contribuinte de receita da WEG, responsável por cerca de 90% do crescimento em 12 meses.

Em relação ao valuation (valor de mercado), o BBA segue vendo a WEG com uma avaliação atraente, uma vez que está sendo negociada com um desconto de 12% em relação ao seu último histórico de preço-lucro.