Após o atentado sofrido por Donald Trump, ex-presidente dos EUA e candidato à Casa Branca este ano, o dólar comercial fechou com valorização de 0,26%, a R$ 5,44. A moeda avançou também sobre outras divisas emergentes além do real.
Com o atentado, as apostas em uma vitória de Trump contra Joe Biden na corrida pela presidência dos EUA se fortaleceu. O Partido Republicado oficializou a candidatura do ex-presidente nesta segunda-feira (15), tendo como candidato à vice, o senador J.D. Vance.
O dólar está incluído no grupo de ativos que performaram bem sob a perspectiva da volta do republicado à chefia do país norte-americano, cuja política comercial tende a ser mais agressiva, com flexibilidade em alguns setores, de acordo com o “InfoMoney”.
“O dólar subiu, mas diminui ritmo, devido a aumento dos juros nos Trasuries americanos de longo prazo, e devido também à valorização perante a moedas emergentes, como peso mexicano, bastante relacionado ao acontecimento no comicío de Trump no Sábado”, avaliou Hemelin Mendonça, especialista em mercado de capitais e sócia da AVG Capital
Além disso, a moeda sofreu influência na área econômica das declarações do presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, que afirmou ter visto “mais progresso” das 3 leituras de inflação no 2º trimestre, com o trabalho de levar o indicador à meta de 2% estabelecida pela instituição.
WEG (WEGE3) é um hedge natural de dólar, indica Itaú BBA
O Itaú BBA revisou suas projeções para a WEG (WEGE3), mantendo a recomendação Outperform (equivalente a compra). O relatório, elaborado por Daniel Gasparete, destaca a ação como uma opção defensiva em períodos adversos do mercado financeiro brasileiro.
Cerca de 55% da receita da WEG provém de vendas internacionais, com aproximadamente um quarto dessas exportações saindo do Brasil.
Nesse contexto, o BBA explica que a empresa funciona como uma proteção natural contra a desvalorização do real, resultando em receitas robustas, margens mais amplas e um retorno sobre o capital investido (ROIC) mais elevado.
O banco expressa um otimismo em relação à empresa, fundamentado em três aspectos principais: uma melhoria nas perspectivas de crescimento, lucratividade e custo de capital próprio.