O banco Morgan Stanley listou as empresas da América Latina que podem ter um bom e um mau momentum para lucros no segundo trimestre (2TRI24). Os setores com destaque positivo são: utilities, viagens, transportes, techs, entre outros. Já os negócios de saúde e educação devem vir na linha negativa.
No mercado brasileiro a temporada de balanços começa na terça-feira (16), com a Indústrias Romi (ROMI3). O Morgan Stanley acredita que 4 empresas despontam positivamente em relação ao consenso de mercado: a Ambev (ABEV3), a Ânima (ANIM3), a Engie (ENGI11) e a Rumo (RAIL3).
No lado oposto, os estrategistas do banco enxergam a Cogna (COGN3) e a Hypera (HYPE3) – fabricante de medicamentos – como possíveis decepções para o consenso do mercado no Brasil, de acordo com o “InfoMoney”.
Para o Morgan Stanley, a Ambev deve surpreender pelo volume de cerveja no Brasil como um dos principais catalisadores de bons resultados. Enquanto isso, a Rumo deve registrar melhores preços após fortes volumes, ao passo que a Engie deve ter volumes sólidos na distribuição de energia.
Já a Ânima, que está em fase de recuperação, carrega uma expectativa de forte trimestre pelo Morgan Stanley, que vê expansão de margens e desalavancagem, enquanto a empresa colhe os frutos do processo de otimização.
Morgan Stanley vê ações da América Latina baratas
Na ponta negativa, a Cogna deve sofrer no 2TRI24 por conta da perspectiva de demanda mais fraca, despesas de marketing ainda altas, afetando as margens e sinalizando dificuldades de atração de estudantes. Além disso, a falta de suporte sazonal da Saber e Vasta foi apontado como ponto de influência.
“Além disso, o consenso espera uma recuperação material dos lucros com base no guidance para o exercício de 2024, que acreditamos que só deverá ocorrer no 2S24”, avalia o Morgan.
Os produtos de inverno ainda pesam sobre a Hypera, segundo o banco. A equipe destacou que sua posição overweight para a Rumo contra o índice de referência em suas carteiras para a América Latina.
O Morgan Stanley vê as ações da região, de modo geral, baratas, ao passo que os resultados do 2TRI24 podem ser catalisadores com forte crescimento por múltiplas fontes, inclusive pela força das commodities.
O Brasil deve ter crescimento do Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – em 14%, mesmo com a moeda fraca.