Segmento de calçados

Di Santinni realiza aquisição após quase falir

Com a compra, a empresa pretender atingir públicos menos sensíveis a preços e menos impactado pela concorrência de plataformas como Shein

Capodarte
Foto: Divulgação

A Di Santinni anunciou a primeira aquisição da história da empresa: a marca de bolsas, sapatos e acessório Capodarte, que estava em leilão, por R$ 36 milhões.

A Capodarte foi anunciada em leilão porque a sua antiga dona, a gaúcha Paquetá The Shoe Company, estava em recuperação judicial até o fim do ano passado. A aquisição foi realizada sem que a Di Santinni precise herdar as dívidas e com o direito de evitar ser acionada por obrigações trabalhistas.

Com a incorporação da nova marca, a empresa do segmento de calçados, históricamente mais focada na classe C, pretender atingir os públicos das classes B e A – menos sensível a preços e menos impactado pela concorrência de produtos importados da China, em especial após a o boom de plataformas como Shein e Shopee.

“É uma marca já consolidada, atemporal e que conseguiu sobreviver ao longo do tempo pelo tipo de produto que vende. Então tem um lugar garantido no mercado e a gente resolveu aproveitar e colocar no nosso portfólio”, afirmou Artur Tchilian, CEO da Di Santinni.

A Capodarte, no entanto, está com as vendas em queda. O faturamente da marca em 2024 deve ser de R$ 80 milhões, contra R$ 120 milhões do ano passado.

“Para este ano, obviamente, não dá tempo de fazer muita coisa, mas, para o ano que vem, vamos seguir com uma nova estratégia […] O período difícil ficou para trás. Estamos confiantes no futuro, na expansão e na aceleração do negócio”, disseTchilian.

A expectativa do empresário é elevar o tamanho da rede da Capodarte para 60 unidades em 2025 e bater 90 em 2026.

Dona da Ray-Ban compra Supreme por US$ 1,5 bilhão

EssilorLuxottica, líder global na indústria óptica e dona de marcas de óculos como Oliver Peoples, Ray-Ban, Oakley e Persol, anunciou nesta quarta-feira (17) a compra por US$ 1,5 bilhão em dinheiro da marca de street wear Supreme, que pertencia ao líder global em vestuário, calçados e acessórios de estilo de vida VFC Group.

Espera-se que a transação seja concluída até o final do ano contábil, após passar pelas aprovações regulatórias de praxe.

A marca administra um negócio digital e 17 lojas nos EUAÁsia Europa. Bracken Darrell, presidente e CEO do VF, comentou sobre a expansão da Supreme nos principais mercados da China e da Coreia do Sul e afirmou que a marca voltou a oferecer forte crescimento.