Atividade empresarial

PMI dos EUA atinge nível mais forte em 27 meses em julho

O índice subiu para 55,0 no mês, contra 54,8 em junho, informou a S&P; aceleração em Serviços compensou perdas na indústria manufatureira

EUA
Foto: Pixabay

A atividade empresarial dos EUA atingiu, em julho, o nível mais forte em 27 meses. O PMI (Índice de Gerentes de Compras) subiu para 55,0 no mês, contra 54,8 em junho, informou a S&P.

Uma leitura acima de 50 indica expansão no setor privado. A aceleração no setor de serviços compensou as perdas na indústria manufatureira.

Os preços médios cobrados por bens e serviços aumentaram pela taxa mais lenta desde janeiro e agora estão em níveis que a S&P Global considera consistentes com a meta de inflação de 2% do Fed.

Apesar do resultado positivo, as empresas parecem estar enfrentando dificuldade para sustentar os preços mais altos de seus produtos e serviços em meio à resistência dos consumidores.

PMI: mais dados

O PMI preliminar de manufatura caiu para uma mínima recorde de sete meses de 49,5 este mês, de 51,6 em junho.

Economistas consultados pela Reuters previam que o índice para o setor, que responde por 10,3% da economia, teria sofrido pouca alteração, ficando em 51,7.

O PMI de serviços subiu para 56,0, nível mais alto em 28 meses, de 55,3 em junho, contrariando as expectativas dos economistas de uma queda para 55,0.

Na quinta-feira (25), o governo dos EUA informará sobre o PIB (Produto Interno Bruto). A expectativa é de crescimento de 2% no segundo trimestre, acima do ritmo de 1,4% registrado no trimestre de janeiro a março, de acordo com uma pesquisa da Reuters com economistas.

EUA: alta da perda de crédito sinaliza recuo na economia 

Apesar de alguns dos maiores bancos dos EUA terem apresentado resultados positivos na temporada de balanços do segundo trimestre, os resultados também sinalizaram preocupações com um estresse financeiro norte-americano.

Ao BP Money, Kevin C. Gervasoni, trader do TC S.A, o aumento na perda de crédito é “um sinal claro de que a economia não está bem”.

Isso por que os resultados dos bancos normalmente são vistos pelo mercado como um indicador líder do que está por vir na economia.

A temporara de balanço dos bancos norte-americanos deixa como vestígio os sinais de que empresas e consumidores estão enfrentando problemas financeiros, o que pode levar a um aumento na inadimplência de empréstimos.

O Gervasoni menciona o relatório do JPMorgan Chase, que levantou preocupações sobre a deterioração na qualidade do crédito, reforçando a ideia de que as condições econômicas estão enfraquecendo.

“Reservamos US$ 3.1 bilhões em provisões para perdas de crédito, 62% acima do primeiro trimestre”, diz o documento.  

“Esse aumento de custos para provisões trouxe uma preocupação sobre a qualidade do crédito em geral, por sorte, o sentimento do mercado mudou fortemente após um CPI melhor do que o esperado, que fez com que esse sentimento de que as coisas estão caminhando para o buraco mudasse rapidamente”, avaliou.