Surpresa

Brasil tem déficit em conta corrente de US$ 4 bi em junho

Consenso de analistas previa déficit de US$ 3 bi no mês; o déficit acumulado em 12 meses até junho passou para US$ 31,5 bilhões (1,41% do PIB)

BC do Brasil
Banco Central do Brasil/ Foto: Rodrigo Oliveir

O Brasil registrou um déficit em transações correntes de US$ 4,0 bilhões em junho, comparado ao saldo negativo de US$ 182 milhões no mesmo período do ano anterior, conforme anunciado pelo Banco Central na quinta-feira (25).

O déficit de transações correntes de junho foi maior que o esperado pelo consenso LSEG de analistas, que estimava déficit de US$ 3 bilhões.

Comparado ao ano anterior, o saldo comercial caiu US$ 3,3 bilhões, enquanto os déficits em serviços e renda primária aumentaram em US$ 399 milhões e US$ 46 milhões, respectivamente. O superávit da renda secundária diminuiu em US$ 148 milhões.

Investimentos diretos no Brasil

Os investimentos diretos no país (IDP) totalizaram ingressos líquidos de US$ 6,3 bilhões em junho de 2024, superando significativamente os US$ 2,0 bilhões registrados em junho de 2023, conforme informado pelo Banco Central.

Os ingressos líquidos em participação no capital somaram US$ 4,3 bilhões no mês, sendo US$ 2,1 bilhões em participação no capital excluindo lucros reinvestidos, e US$ 2,2 bilhões em lucros reinvestidos.

Por outro lado, as operações entre empresas registraram ingressos líquidos de US$ 2,0 bilhões.

O IDP acumulado em 12 meses atingiu US$ 70,3 bilhões (3,15% do PIB) em junho, comparado a US$ 66,0 bilhões (2,95% do PIB) em maio e US$ 67,0 bilhões (3,29% do PIB) no mesmo mês do ano passado.

Reservas internacionais

Em junho, as reservas internacionais totalizaram US$ 357,8 bilhões, registrando um aumento de US$ 2,3 bilhões em relação ao mês anterior.

O crescimento das reservas foi impulsionado principalmente por variações de preços, que adicionaram US$ 1,8 bilhão, e por receitas de juros, que contribuíram com US$ 716 milhões. No entanto, as variações cambiais reduziram o estoque de reservas em US$ 624 milhões.

Após Sabesp, Tarcísio vê espaço para privatizações avançarem no Brasil

governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quarta-feira (24) que existe potencial para progredir nas privatizações de empresas estatais, tanto em São Paulo quanto no restante do Brasil, após a conclusão da privatização da Sabesp.

Segundo o governador, “não podemos contar apenas com nosso espaço fiscal para atrair investimentos.” Tarcísio de Freitas abordou a possível privatização da Petrobras e do Banco do Brasil no futuro.

Tarcísio argumentou que o Poder Executivo agora sabe “modelar e estruturar melhor os projetos” e que novas privatizações têm um potencial maior para atrair investimentos, além de incluir mecanismos para evitar problemas semelhantes aos do setor de energia.