A mineradora Vale (VALE3) registrou um lucro líquido de US$ 2,76 bilhões no segundo trimestre de 2024, alta de 210% na comparação anual. O número foi bem além do esperado pelo consenso da Refinitiv, cujas projeções alcançavam US$ 1,7 bilhão.
A receita líquida da Vale foi de US$ 9,9 bilhões, um avanço de 3% no ano, alinhado com o consenso. Enquanto isso, o Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ficou em US$ 3,9 bilhões, representando estabilidade na base anual.
A prévia operacional divulgada pela empresa há duas semanas já havia demonstrado uma produção recorde.
A mineradora produziu 80,598 milhões de toneladas de minério de ferro, uma alta de 2,4% no ano, ao passo que as vendas avançaram 7,3% para 79,792 milhões de toneladas.
Tendo como referência o preço do minério de ferro 62%, o valor médio dos finos da commodity ficou quase estável no ano, com alta de 1%. A tonelada chegou a cerca de US$ 111,8, enquanto o preço de pelotas caiu 2%, a US$ 157,2.
Ebitda menor foi resultado de maior custo caixa de finos minérios, diz Vale (VALE3)
O Ebitda caiu, segundo a Vale, por conta de maiores custo caixa de finos minérios, impactado pelo aumento das compras de terceiros e atividades de manutenção.
Além disso, a Vale mencionou em sua divulgação que as taxas de frete seguem elevadas e que, em 2023, o resultado foi melhor pelos efeitos não recorrentes.
Mesmo com a frente de metais básicos registrando alta de 49% do Ebitda no ano, para US$ 351 milhões, não foi o suficiente para minimizar os impactos da vertente de mineração, de acordo com o “InfoMoney”.
Os maiores preços realizados de cobre, com o aumento no preço de referência da LME, segundo a Vale, foram fatores de impulso à boa performance nessa frente. Além disso, houve aumento também no volume de vendas, com melhor desempenho da Salobo.