Na entrevista de encerramento da semana de reuniões entre os ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais dos países que compõem o G20, no Rio de Janeiro (RJ), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), classificou os documentos finais do encontro como “uma grande vitória da diplomacia brasileira”.
No final desta tarde de sexta-feira (26), Haddad conversou com os jornalistas antes mesmo do encerramento oficial das atividades. O chefe da equipe econômica do governo antecipou os principais pontos que farão parte do documento final e comemorou as menções à proposta brasileira de tributação global dos chamados “super-ricos”.
A ideia mencionada pelo ministro ainda é rechaçada por alguns países — entre eles os EUA.
Segundo Haddad, serão emitidos dois documentos de consenso: o comunicado final e a declaração ministerial sobre cooperação em tributações. Além disso, também haverá uma declaração da presidência brasileira do G20 em relação aos temas geopolíticos.
O ministro ainda declarou que o comunicado “destaca o combate à fome, à pobreza, às desigualdades, e inclui várias menções explícitas à tributação dos super-ricos na agenda econômica internacional”, conforme informações do “InfoMoney”.
“O comunicado do G20 é considerado por nós uma vitória do Brasil e da comunidade internacional. Após alguns anos sem um único documento completo, seus 35 parágrafos, adotados de maneira consensual, incorporam entendimentos nas mais importantes áreas da economia mundial”, disse Haddad.
Haddad aleta para possível perda anual de 4,4% do PIB mundial
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), alertou para o risco de perda de cerca de 4,4% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial por ano se o aquecimento global não ficar abaixo de 2°C até 2050.
A afirmativa foi feita durante o COP28-G20 Brasil Finance Track: Tornando o financiamento sustentável disponível e acessível. O evento ocorreu em um hotel na zona sul do Rio de Janeiro. Haddad destacou que a crise climática é um dos maiores desafios da atualidade.
Segundo ele, isso ocorre ao mesmo tempo em que a luta para reduzir as desigualdades é reforçada e busca-se manter o desenvolvimento sustentável “nas nossas economias”.